UE alerta para declínio da relação com a Rússia

A União Europeia deve estar preparada para um "declínio" nas relações com a Rússia e deve desenvolver uma "relação mais previsível e estável” com o país.
Estas são as principais conclusões de uma comunicação publicada pela Comissão Europeia e pelo chefe da diplomacia do bloco sobre as relações UE-Rússia.
Durante a conferência de imprensa marcada para apresentar a comunicação conjunta, Josep Borrell disse que o documento propõe, simultaneamente, “fazer recuar, restringir e envolver a Rússia”, consoante o tema em questão.
Borrell adiantou que o texto assenta num entendimento comum dos objetivos de Moscovo e numa abordagem de “pragmatismo de princípios”.
A comunicação hoje adotada indica que a "história, a geografia e os povos ligam a UE e a Rússia". A ambição dos 27 “deve ser a de explorar caminhos que ajudem a mudar gradualmente as dinâmicas atuais”, lê-se no documento.
Bruxelas defende uma maior cooperação com Moscovo em "desafios cruciais", como a saúde pública, as alterações climáticas, ou as questões económicas.
UE aumenta lista de sanções à Bielorrússia
Esta quarta-feira, os estados-membros juntaram 78 nomes e sete entidades à lista de funcionários bielorrussos sancionados pela repressão da oposição, incluindo sete envolvidos no desvio de um avião de uma companhia aérea europeia.
O voo da Ryanair que fazia a ligação entre a Lituânia e a Grécia foi obrigado a aterrar em Minsk. No avião seguia Roman Protasevich, um opositor do regime bielorrusso. O jornalista e a namorada russa, Sofia Sapega, foram detidos em Minsk.