O chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, acusou a União Europeia de preparar ações inamistosas e que a Rússia não deixar de responder, embora esteja aberta ao diálogo de igual para igual.
A Rússia está aberta ao diálogo com Bruxelas mas não hesitará a responder a ações inamistosas. O aviso parte do chefe da diplomacia Serguei Lavrov, que acusa a União Europeia de estar as estar a preparar.
"Esperamos que o bom senso acabe por prevalecer e que possamos começar a desenvolver uma relação nova e equilibrada baseada nos princípios do direito internacional. A Rússia está sempre aberta a uma cooperação igualitária e honesta. Mas isto não significa que deixaremos sem resposta novos passos não amigáveis, tentativas de falar a partir de uma posição de força e interferência nos assuntos internos. Sabemos que tais passos estão a ser preparados, e não o escondem. Seguir-se-á definitivamente uma resposta", declarou.
A Rússia anunciou que vai enviar mais 20 unidades militares para a fronteira ocidental como consequência do que diz ser ações da NATO. O chefe da diplomacia de Portugal, que detém a presidência do conselho da União Europeia, Augusto Santos Silva, quer diálogo.
"Entendemos, como membro da NATO, que a Aliança e a Federação Russa têm de manter um diálogo político. Este diálogo é ainda mais importante quando existem vários pontos de fricção na relação entre a NATO e a Rússia", explicou o ministro português.
As tensões entre Moscovo e o Ocidente escalaram depois de o Kremlin ter apoiado a Bielorrússia no confronto diplomático da União Europeia com do presidente Alexander Lukashenko face ao desvio do avião da Ryanair e detenção de um jornalista crítico do regime.
Várias companhias deixaram de sobrevoar o espaço aéreo bielorrusso e os russos retaliaram, ao impedir que as rotas se alternativas se fizessem pelo seu espaço aéreo e impediu mesmo aviões europeus de viajarem para Moscovo.