Comunidade internacional pressiona Bielorrússia

Aumenta a pressão da comunidade internacional sobre a Bielorrússia para libertar o jornalista opositor do regime Roman Protasevich, e a namorada, detidos quando um avião da Ryanair foi forçado a aterrar em Minsk.
A organização Repórteres sem Fronteiras apresentou, na Lituânia, uma queixa contra o Presidente Alexander Lukashenko.
O secretário-geral da organização, Christophe Deloire afirmou:
"Viemos aqui porque precisamos de enviar um sinal de apoio aos jornalistas bielorrussos. É importante continuar a mobilização, ponderar os meios de apoiar muito concretamente os jornalistas bielorrussos, no futuro, que se encontram hoje numa situação desastrosa".
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia reuniram-se, esta quinta-feira em Lisboa, para discutir como serão aplicadas as sanções "económicas e setoriais" à Bielorrússia, aprovadas no último Conselho Europeu.
"Por vezes subestimámos o potencial que a Europa tem. Temos mais capacidade, quando trabalhamos juntos, do que por vezes acreditamos. Acredito que temos, realmente, de ter uma forte reação contra o Governo bielorrusso e Lukashenko, e assegurar que não só Roman Protasevich, mas todos esses prisioneiros políticos sejam libertados", refere o antigo primeiro-ministro grego, George Papandreou.
Na Polónia, onde moram agora, os pais do jornalista emitiram um pedido de ajuda, referindo estarem muito preocupados com o bem-estar do filho.
Teme-se que Roman Protasevich tenha o mesmo destino que o ativista Vitold Ashurok que morreu na prisão no dia 21 de maio. O funeral do ativista decorreu na quarta-feira, na cidade de Shklow.