Referendo do "Brexit" completa cinco anos

Referendo do "Brexit" completa cinco anos
Direitos de autor DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP
Direitos de autor DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Processo de saída do Reino Unido da União Europeia foi feito de vários momentos de tensão que persistem mesmo depois da oficialização do divórcio

PUBLICIDADE

A 23 de junho de 2016 chegou a notícia que a União Europeia (UE) não queria ouvir. O Reino Unido votou em referendo a favor da saída do bloco comunitário.

Há precisamente cinco anos, a decisão mudou o destino dos britânicos, mas também obrigou a repensar a UE, como explicou, em entrevista à Euronews, Eric Maurice, da Fundação Robert Schuman: "Muitos países - pequenos e médios - perderam não um modelo, mas talvez um parceiro de eleição na União Europeia que partilhava a visão em matéria de cooperação económica, de comércio internacional. Estou a pensar, claro, nos Países Baixos, nos países nórdicos, da Europa central e do leste. Tiveram de repensar a posição dentro da UE e a ligação a Berlim, Paris e Bruxelas."

As dolorosas negociações entre os Estados-membros destinaram-se a perder um território de influência. O Reino Unido foi sempre visto como um contrapeso a França e à Alemanha.

A saída da União Europeia aconteceu oficialmente em janeiro de 2020. Com a partida dos parceiros britânicos, os Países Baixos assumiram as políticas liberais e um novo foco recaiu sobre Estados-membros problemáticos como a Hungria e Polónia.

"O Reino Unido já se tinha desvinculado da União Europeia mesmo antes do referendo, por isso durante as grandes crises que dominaram realmente a UE no passado, no período que antecedeu o referendo, como a crise da zona do euro e a crise da migração, o Reino Unido estava muito à margem com uma opção de exclusão da zona de livre circulação de Schengen. Por isso, não estava realmente envolvido em todos esses debates envenenados sobre quantos requerentes de asilo seriam aceites. Não sendo um membro da zona do euro, o Reino Unido também não esteve envolvido, ou pelo menos esteve de uma forma muito periférica, no debate", lembrou Jennifer Rankin, correspondente em Bruxelas do diário britânico "The Guardian."

A União Europeia tenta restabelecer-se no rescaldo do "Brexit." O receio de que outros Estados-membros sigam o mesmo caminho é real, mas para já, pelo menos, parece longe de se concretizar.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"Estado da União": Escândalos políticos "aquecem" campanha eleitoral

Lei da "influência estrangeira" afasta Geórgia da UE, alerta Charles Michel

Presidente do Conselho Europeu alerta para "horas críticas" nos ataques Israel-Irão