Danny Trejo: De criminoso a vilão no cinema e amigo de chihuahuas

Danny Trejo na apresentação do filme "Machete", em Veneza, em 2010
Danny Trejo na apresentação do filme "Machete", em Veneza, em 2010 Direitos de autor AP Photo/Andrew Medichini
De  Francisco MarquesMarta Rodriguez
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Ator norte-americano de ascendência mexicana falou à Euronews sobre a biografia que acaba de publicar: "A minha vida de crime, redenção e Hollywood"

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Um bandido que adora cães. Um vilão estrela de cinema. Danny Trejo, norte-americano de ascendência mexicana, tem uma nova autobiografia nas bancas e, só pelo título, não é para brincadeiras: "A minha vida de crime, redenção e Hollywood".

Em entrevista exclusiva à Euronews, o ator que encarnou "Machete", dirigido pelo primo Robert Rodriguez, abriu-nos um pouco o livro da sua vida.

Comecei a consumir drogas numa idade muito jovem. Entrei no mundo do crime e fui preso muitas vezes
Danny Trejo
Ator

Depois das drogas, do crime e da prisão, veio a redenção e finalmente o cinema, que começou quase por acaso. O primeiro foi a dar voz na dobragem para inglês de um filme chinês protagonizado por Jackie Chan, "Os Piratas dos Mares das China" (1983), e depois foi contratado como consultor de boxe num filme onde acabou à frente das câmaras.

"Ofereceram-me trabalho como professor de boxe de um ator chamado Eric Roberts (n.: o irão da atriz Julia Roberts). O Eric tinha medo de mim e fazia tudo o que eu lhe dizia. A produção percebeu e contrataram-me como pugilista. Fui o outro pugilista num filme chamado 'Comboio em Fuga'", recordou Trejo.

Depois seguiram-se outros vilões em filmes de Charles Bronson ou Steven Segall, chegou a entrar na série "Marés Vivas", mas foi em "Desperado" (1995), a sequela de "El Mariachi", onde primeiro deu nas vistas e onde contracenou, para além do português Joaquim de Almeida, com uma atriz muito especial.

À pergunta, que papel gostava de fazer no próximo filme, respondeu-nos "marido de Selma Hayek", a atriz com quem contracenou e que tinha feito de par romântico de Antonio Banderas no filme que viria a ter ainda uma sequela, um terceiro capítulo, em 2003, "Era Uma Vez no México".

Fugindo da linhagem de vilões que lhe preenchem quase toda a carreira, há um herói pessoal que Danny Trejo gostava de personificar no grande ecrã: "Emiliano Zapata".

"Há um filme feito nos anos 50, penso que se chamava 'Viva Zapata', que é sobre um mexicano muito 'boa onda'. Quem fez o papel foi o Marlon Brando", afirmou Trejo, não muito contente por não ter sido escolhido um ator latino ou pelo menos de origem mexicana para aquele papel que agora deseja.

Enquanto a nova versão desse filme não chega, Danny Trejo já se pode orgulhar de um currículo com papéis emblemáticos, por exemplo, em "Aberto Até de Madrugada", mais um filme do primo Robert Rodriguez e este com argumento de Quentin Tarantino.

Até que surgiram os primeiros capítulos de "Spy Kids" e deles saltou o "spin off" que deu fama a Trejo: "Machete".

E agora surge noutro suporte também a brilhar, uma autobiografia.

"Foi estranho, mas tinha de o fazer para finalmente me assumir e dizer 'ok, este sou eu'. Porque toda a gente pensa que eu sou um homem mau e não sou. Adoro cachorrinhos", diz-nos Danyy Trejo, a fechar, co o seu pequeno Chihuahua ao colo, também a mostrar dotes de saber enfrentar as câmaras.

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