Passageiros denunciam falhas de coordenação com certificados digitais

Passageiros denunciam falhas de coordenação com certificados digitais
Direitos de autor ERIC LALMAND/AFP
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Certificado Digital COVID da UE entrou oficialmente em vigor a 1 de julho para facilitar a circulação no bloco comunitário

PUBLICIDADE

O Certificado Digital Covid da UE entrou em vigor há mais de três semanas. Os passageiros do bloco comunitário já estão a usá-lo para viajar, mas a normalidade, em termos de mobilidade e turismo, está longe de ser real.

No aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, onde a Euronews esteve a acompanhar as operações de controlo antes das partidas, muitos passageiros mostraram-se confusos.

Existe um certificado de viagem, mas os Estados-membros ainda estão a estabelecer regras diferentes para os viajantes.

A Alemanha, por exemplo, restabeleceu a quarentena para alguns países. Por outro lado, a experiência da ilha grega livre de Covid-19 não está a atingir os resultados desejados e muitos países continuam a solicitar o preenchimento do Formulário de Localização de Passageiros (PLF). Circunstâncias que agravam a incerteza para as companhias aéreas.

"Temos problemas realmente grandes na verificação dos certificados. Cada Estado é responsável por produzir determinados protocolos para a forma como os certificados são verificados. Posso afirmar que, a partir de uma pesquisa rápida feita, num conjunto de 30 países existem 15 maneiras diferentes de verificar os certificados", lamenta, Michael Harrington, diretor-geral da Representação Internacional das Companhias Aéreas na Europa (AIRE).

Alguns eurodeputados denunciam a falta de coordenação. Os erros, lembram, podem sair caros.

"A falta de coordenação foi um dos grandes problemas que a União Europeia teve para abordar ou tentar minimizar o impacto da pandemia na economia. Se tivéssemos tido mais coordenação desde o início, provavelmente teríamos conseguido minimizar este impacto de uma forma mais solvente para a própria indústria e para a economia europeia. Penso que se agiu tarde, de forma desordenada, mas é importante saber que se atuou, que a Comissão Europeia fez o que era necessário e o Parlamento Europeu também e que os Estados-membros têm de aprender que a colaboração é fundamental", ressalva o eurodeputado espanhol Pablo Arias Echeverría, do grupo do Partido Popular Europeu.

Com a chegada da variante Delta e o aumento de casos em vários territórios, alguns países estão novamente a mudar a abordagem de contenção do vírus.

O resultado traduz-se em confusão e exasperação dos viajantes e do setor de turismo em geral. Os cancelamentos multiplicam-se e milhões de empregos continuam em risco.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Europa luta contra nova vaga de covid-19

UE quer alargar as sanções contra o Irão na sequência do ataque a Israel

Prémio LUX do Público entregue ao filme "A sala dos professores"