Governo de Malta pede desculpa à famíia de Caruana Galizia

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Direitos de autor Jonathan Borg/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
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Inquérito independente diz que o Estado permitiu uma “cultura de impunidade” que levou ao assassínio da jornalista de investigação

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O parlamento de Malta reuniu esta sexta-feira para discutir o resultado do inquérito que responsabiliza o governo do país pela morte da jornalista Daphne Caruana Galizia. Depois da reunião, o primeiro-ministro disse que "ninguém deve ser morto por causa de crenças ou por aquilo que escreve em nenhum lugar do mundo, muito menos na União Europeia”.

Robert Abela sublinhou que a comissão de inquérito “confirma inequivocamente que o Estado não esteve diretamente envolvido no assassinato”. “No entanto, o documento afirma também que o Estado deve assumir a responsabilidade por falhas graves, especialmente relacionadas com a governação e a proteção dos jornalistas”, acrescentou o primeiro-ministro. Robert Abela pediu desculpa à família de Daphne Caruana Galizia.

Paul Caruana Galizia, filho da jornalista assassinada, diz que a família aceita o pedido de desculpas mas defende uma completa responsabilização por cada falha. “Sabemos que ainda há pessoas que têm de ser responsabilizados pelas suas ações e não vamos desistir”, garantiu Paul Caruana Galizia à Euronews.

De acordo com o inquérito publicado esta quinta- feira, durante o governo do antigo primeiro-ministro, Joseph Muscat, foi permitida “uma cultura de impunidade”. O documento com mais de 400 páginas fala em " tentáculos que se espalharam por várias instituições, como a polícia e as autoridades reguladoras, levando a um colapso do Estado de direito".

Caruana Galizia foi morta em 2017. O carro da jornalista que liderava a investigação aos Panama Papers em Malta explodiu a poucos metros de casa. O ataque chocou o país e levou à demissão de Joseph Muscat, em 2020.

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