UE critica pacto EUA-Reino Unido-Austrália

A União Europeia foi surpreendida com o anúncio do pacto de segurança histórico concluído entre os Estados Unidos, a Austrália e o Reino Unido.
Bruxelas vai "analizar as repercussões" e frisou a importância reforçada da estratégia de segurança comunitária.
Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia:"Um acordo desta natureza não é cozinhado de um dia para o outro, demora algum tempo. E, apesar disso, a União Europeia não foi consultada. Isto força-nos, novamente - e é um bom momento para lembrarmos isso -, a refletir sobre a importância de avançar na questão da autonomia estratégica da União Europeia. É uma nova prova de que temos de existir por nós próprios."
O acordo prevê a partilha nomeadamente de tecnologias de defesa avançada e é visto como uma forma de travar a influência da China na região do Indo-Pacífico.
Zhoa Lijian, porta-voz da diplomacia chinesa:"A cooperação entre Estados Unidos, Reino Unido e Austrália nos submarinos nucleares prejudica a paz e estabilidade regional, intensifica a corrida às armas e põe em risco os esforços internacionais pela não-proliferação de armas nucleares. É um ato altamente irresponsável."
A primeira consequência da nova aliança foi a decisão da Austrália de romper um importante contrato com a França para o fornecimento de submarinos convencionais, a favor de submarinos nucleares concebidos em colaboração com os Estados Unidos e o Reino Unido.
Uma ruptura vivamente criticada por Paris.