Bruxelas denuncia clima de "intimidação" nas eleições russas

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De  Pedro Sacadura
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Legitimidade do escrutínio está envolta em polémica

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Na Europa, a vitória do partido pró-Kremlin Rússia Unida nas eleições legislativas do fim de semana é vista com relutância e suspeita.

Entre alegações de irregularidades e a repressão, sem precedentes, da oposição, o escrutínio ficou marcado pela polémica.

Anteriormente sob pressão, as relações União Europeia - Rússia deverão tornar-se ainda mais tensas no futuro próximo.

"As eleições decorreram numa atmosfera de intimidação de vozes críticas e independentes e sem observação internacional confiável", sublinhou o porta-voz da Comissão Europeia para a Política Externa, Peter Stano, em reação aos resultados do escrutínio.

Na quinta-feira passada, os eurodeputados aprovaram (494 votos a favor, 103 contra e 72 abstenções) um relatório com a recomendação de que a União Europeia não deveria reconhecer a Duma nem aceitar o ato eleitoral se o escrutínio for considerado fraudulento.

O eurodeputado lituano do Partido Popular Europeu (PPE) Andrius Kubilius foi o relator da recomendação da Comissão de Negócios Estrangeiros que submeteu o texto para a aprovação.

Para o eurodeputado alemão Sergey Lagodinsky, coautor do relatório sobre as relações com a Rússia, existem diferenças entre a população russa e o regime de Vladimir Putin.

"Não somos inimigos da Rússia. Este parlamento e os europeus estão do lado do povo russo e da sociedade civil que se encontra sob pressão. Somos críticos da situação com a democracia e sobre este governo. A situação vai obrigar-nos a ser mais geoestratégicos na forma como lidamos com isto", lembrou, em entrevista à Euronews, o eurodeputado alemão do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeu.

O embaixador russo junto da União Europeia, Vladimir Chizhov, disse que o relatório do Parlamento Europeu é um exemplo da interferência nos assuntos internos, no processo eleitoral e na vida política da Rússia.

Acusações que normalmente são apontadas a Moscovo.

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