Crise dos submarinos: UE mostra-se solidária com França

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Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
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Assunto esteve em destaque no Conselho de Assuntos Gerais desta terça-feira em Bruxelas

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A polémica por causa do contrato que a Austrália tinha com França para o fornecimento de submarinos convencionais e que foi ao fundo a favor de uma aliança com os EUA e o Reino Unido (AUKUS) está longe de chegar a bom porto e traduz-se num sinal de solidariedade europeia com Paris.

Os ministros dos Assuntos Europeus discutiram o assunto durante um encontro, esta terça-feira, em Bruxelas. No entender do ministro irlandês, o pacto pode significar ventos de mudança.

"O tom que um de nossos colegas teve de sentir em relação a este assunto em particular foi, suponho, de desapontamento. É uma questão difícil quando vemos alianças tradicionais, de certa forma, serem destruídas ou mudadas de maneira fundamental. Vimos isso com o 'Brexit.' Talvez possamos ver isso aqui também. Penso que o consenso no Conselho de Assuntos Gerais foi que o assunto exigirá, certamente, uma discussão mais aprofundada a nível europeu", sublinhou Thomas Byrne, ministro irlandês dos Assuntos Europeus.

A tensão entre as partes pode levar a um adiamento da cimeira transatlântica sobre comércio e tecnologia prevista para 29 de setembro, em Pittsburg, nos EUA.

Covid-19 e "Brexit" no Conselho de Assuntos Gerais

A cooperação contra a pandemia foi outro dos pratos fortes do encontro dos ministros dos Assuntos Europeus a par do "Brexit" e do Protocolo da Irlanda do Norte.

O Reino Unido tem interesse que caia por terra a parte do acordo negociado com a União Europeia (UE) para evitar o regresso de uma fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.

Bruxelas recusa voltar atrás, como deixou entender o vice-presidente da Comissão Europeia para as Relações Interinstitucionais, Maroš Šefčovič: "As soluções que procuramos estarão sempre no âmbito do Protocolo da Irlanda e da Irlanda do Norte. Estamos absolutamente convencidos de que o Protocolo é a melhor solução que encontrámos com o Reino Unido para resolver a situação única na ilha da Irlanda, porque significa estabilidade, certeza e previsibilidade. "

Bruxelas também alerta o Reino Unido de que as extensões à implementação de controlos alfandegários e veterinários sobre certas mercadorias que circulam entre território britânico e o bloco europeu não podem ser eternas.

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