Agravamento da epidemia e pressão sobre os hospitais levam governo de Mark Rutte a dar passo atrás na gestão da epidemia. Portugal mantém Covid-19 controlada
As máscaras estão de volta e o certificado digital covid ganha força nos Países Baixos, um dos estados-membros da União Europeia onde a Covid-19 está de novo a agravar-se.
Esta terça-feira, o governo neerlandês anunciou o regresso de algumas medidas para conter a propagação da epidemia e a crescente pressão sobre os hospitais.
Com uma média semanal de mais de 7600 infeções diárias e quase 140 mil casos ativos, o primeiro-ministro Mark Rutte disse "não ser uma surpresa para ninguém o novo endurecimento da mensagem" das autoridades.
O governo dos Países Baixos tem de voltar a "pedir mais sacrifícios às pessoas porque as infeções e os internamentos estão a subir rapidamente", afirmou o primeiro-ministro, ainda interino enquanto não é formada uma nova coligação de Governo, num momento sensível para o país de 17 milhões de habitantes e num dia em que foram anunciadas mais 7.727 infeções e 18 mortes, elevando os totais para 2,1 milhões de casos e 18.441 óbitos.
Depois do levantamento da maioria das restrições no final de setembro, perante o novo escalar das infeções e hospitalizações, as autoridades voltam agora a reintroduzir o uso obrigatório de máscaras em espaços fechados como lojas, ginásios, bibliotecas, estações de comboios e hospitais.
O distanciamento social de 1,5 metro é de novo recomendado e a apresentação do certificado digital covid, com comprovativo de vacinação ou teste negativo com prazo legal, vai passar a ser exigido em mais espaços, como museus e esplanadas, a partir de sábado.
Perante os esperados protestos dos opositores das restrições e do certificado covid, num país muito dividido em relação à contenção da Covid-19, o primeiro-ministro Mark Rutte apelou à calma e à compreensão dos cidadãos.
Na Bulgária, por fim, as autoridades apelaram à mobilização nacional para a vacinação, numa tentativa de travar o agravamento da epidemia à medida que o inverno se aproxima.
O país com a menor taxa de vacinados da União Europeia, apenas 25%, conta com mais de 105 mil casos ativos de Covid-19 e adicionou esta terça-feira mais 310 mortes ao quadro do SARS-CoV-2. Um novo recorde.
De acordo com os dados divulgados pelas autoridades búlgaras, dos 24.454 óbitos com Covid-19 na Bulgária, mais de 93% por cento eram pessoas não-vacinadas.
Em Portugal, esta terça-feira, foram anunciadas mais 450 infeções diagnosticadas em 24 horas e nove mortes.
Há agora 32.036 casos ativos, mais 96 do que na segunda-feira, dos quais 372 se refletem em camas de hospital ocupadas (+12 esta terça-feira), incluindo 59 (-1) nos cuidados intensivos.
Em termos de vacinação, Portugal conta agora com 86% da população totalmente vacinada contra a Covid-19 e mais de nove milhões de pessoas (87%) têm o processo iniciado, informou a Direção-geral de Saúde.