Pugilistas cubanos foram os mais medalhados nos mundiais de Belgrado, com três medalhas de ouro e duas de bronze.
As finais do Mundial de boxe masculino da AIBA, em Belgrado, viram 13 campeões serem coroados, com grande destaque para os cubanos, com três medalhas de ouro e duas de bronze. Cuba levou também o troféu de melhor equipa.
O Japão, o Cazaquistão e os Estados Unidos tiveram duas medalhas de ouro cada, enquanto o Azerbaijão, a França e a equipa da Federação Russa de Boxe tiveram uma medalha de ouro cada.
Aos 26 anos, Andy Cruz Gómez, de Cuba, sagrou-se campeão do mundo pela terceira vez, na categoria de peso leve. Teve ainda o troféu de melhor pugilista do campeonato e recebeu o prémio mais importante da AIBA, o troféu Val Barker.
Sofiane Oumiha, de França, renovou o título mundial de pesos leves. Destaque também para vitórias de Mark Petrovskii, da Federação Russa de Boxe, e Yuri Zakharieiev, da Ucrânia.
Temirtas Zhussupov, em mosca ligeiro, e Saken Bibossinov, em peso-mosca, conseguiram medalhas de ouro para o Cazaquistão.
Mas as figuras foram mesmo os cubanos Julio La Cruz, em pesos-pesados, e Andy Cruz Gomez. Ambos saem daqui com 86 mil euros.
"Este dinheiro não é só para mim, vou partilhá-lo com a minha família, vou tentar gastá-lo de forma consciente e pensar numa boa causa", disse Andy Cruz gomez. Julio La Cruz disse: "Não sinto que seja especial. Respeito toda a gente e sinto-me amado".
Ao todo, 25 países receberam medalhas neste que é o maior torneio mundial da AIBA.
Pela primeira vez, além das medalhas, os vencedores tiveram direito também a prémios em dinheiro e a cintos de campeão. A organização deste campeonato é mais uma etapa na transformação da AIBA, Associação Internacional de Boxe Amador, que está a passar por reformas importantes, com uma nova liderança, depois de tempos conturbados e escândalos que abalaram o prestígio daquela que tem sido, desde a fundação, a principal organização mundial no que toca ao boxe amador.
Desde dezembro de 2019, a Associação tem à frente o russo Umar Kremlev, para quem a organização destes mundiais em Belgrado foi uma importante aposta: "O mais importante é que a AIBA se torne uma das organizações desportivas mais honestas, transparentes e abertas em todo o mundo", disse o responsável.
A AIBA está a colaborar com peritos externos para assegurar a boa governação e a integridade desportiva e financeira.
A Bandeira da Associação mudou agora de mãos. Da Sérvia passou para o Uzbequistão, que organiza os mundiais de 2023 em Tashkent.