Regras mais apertadas contra os não-vacinados

Na Alemanha, como um pouco por todo o mundo, a situação está a tornar-se cada vez mais difícil, especialmente para as pessoas não vacinadas contra a Covid-19. Entre outras coisas, o contacto interpessoal passa a estar limitado.
Os estados federais e o governo central decidiram alargar a aplicação da regra 2G que só não se aplica aos vacinados ou recuperado da doença, ao setor retalhista e impõem restrições de contacto também no setor privado.
Angela Merkel, a chanceler em exercício da Alemanha explicava, quando anunciou as mudanças, que "estas limitações entram em vigor em todo o lado onde nem todos os participantes são vacinados ou recuperados". Acrescentando que apenas está "autorizado ocontactocom oagregado familiarmais um máximo de duas pessoas, exceto as crianças até aos 14 anos".
A nível nacional, apenas a pessoas que estejam vacinadas ou recuperadas podem ir a restaurantes, teatros e cinemas e lojas não essenciais. O vice-chanceler em exercício, que é também o chanceler designado, Olaf Scholz, afirmava que estas restrições se justificam "porque qualquer pessoa pode mudar a situação, se quiser, se decidir vacinar-se e há vacinas suficientes e todos poderiam tê-lo feito há muito tempo".
Passa a ser obrigatória a vacinação para funcionários em unidades de cuidados hospitalares e hospitais. Mas o governo alemão poderá ir mais longe e tornar obrigatória a vacinação. Merkel afirmava que se "estivesse no parlamento alemão (...) seria a favor" dessa obrigatoriedade, "votaria a favor".
Até ao Natal, as autoridades alemãs, central e estaduais, querem conseguir até 30 milhões de vacinações, independentemente de serem a primeira dose, a segunda ou a de reforço.
A Alemanha enfrenta uma forte subida nos números de infetados, com 73.209 novos casos e 388 óbitos registados em 24 horas.