46 jornalistas mortos e 488 detidos em 2021, revela a Repórteres Sem Fronteiras

46 jornalistas mortos e 488 detidos em 2021, revela a Repórteres Sem Fronteiras
Direitos de autor Francois Mori/AP
Direitos de autor Francois Mori/AP
De  Euronews com AFP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

É a principal conclusão do relatório anual da "Repórteres Sem Fronteiras", em especial devido a três países, aponta a associação Repórter Sem Fronteiras

PUBLICIDADE

Nunca houve tantos jornalistas detidos em todo o mundo: 488 segundo os dados revelados esta quinta-feira pelos Repórteres Sem Fronteiras (RSF). É o maior número desde 1985, ano em organização foi criada e começou a acompanhar as detenções dos profissionais dos meios de comunicação.

Este aumento excecional, de cerca de 20% num ano, "deve-se principalmente a três países", nomeadamente Birmânia, Bielorrússia e China, cuja lei de segurança nacional imposta em 2020 a Hong Kong levou a um forte aumento do número de jornalistas detidos nesse território, de acordo com a RSF.

Por outro lado, em 2021, morreram 46 jornalistas. É o número mais baixo dos últimos 20 anos. "Esta tendência descendente, que se tornou mais pronunciada desde 2016, pode ser explicada em particular pela evolução dos conflitos regionais (Síria, Iraque e Iémen) e a estabilização das frentes após os anos particularmente mortíferos de 2012 e 2016", analisa RSF.

Enquanto os homens ainda representam a maioria dos jornalistas presos em todo o mundo (87,7%), a Bielorrússia é o país que prendeu mais mulheres jornalistas (17) do que homens (15).

Os cinco países com o maior número de jornalistas detidos em 1 de Dezembro são a China (127), Birmânia (53), Vietname (43), Bielorrússia (32) e Arábia Saudita (31).

A maioria destas mortes são assassinatos: "65% dos mortos são deliberadamente visados e eliminados", disse a organização.

O México e o Afeganistão continuam a ser os dois países mais perigosos para os jornalistas.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Mais de 1600 jornalistas mortos em 20 anos

Talibãs agridem jornalistas durante protesto de mulheres

Nobel da Paz atribuído a jornalistas da Rússia e das Filipinas