Rússia e EUA discutem tensão na fronteira russo-ucraniana.
Um início da semana de negociações entre Washington e Moscovo, para acalmar as tensões sobre a Ucrânia e conter o risco de uma invasão russa. As expectativas são baixas para a maratona de encontros em Genebra, já que os representantes diplomáticos de ambas as partes pretendem manter-se firmes nas suas posições. Os Estados Unidos disseram a Vladimir Putin para escolher entre o diálogo e o confronto apelando a uma abertura ao compromisso e dizendo-se prontos para reações duras. Para a diplomacia russa não há espaço para concessões.
Moscovo pede ao Ocidente garantias de que a NATO não se expandirá mais para leste, aproximando-se das suas fronteiras. No Twitter, o secretário de estado norte-americano, Antony Blinken, reiterou sua "preferência" por uma solução diplomática, mas ao mesmo tempo ressaltou que os Estados Unidos e os parceiros europeus estão prontos para reações "duras" e "massivas" se Moscovo repetir a sua agressão.
O principal objetivo do Ocidente é demonstrar uma reação mais vincada do que a adotada em 2014 face à invasão russa da Crimeia. A Rússia tem 100 mil soldados posicionados perto da Ucrânia. Por seu lado, Kiev mobiliza o exército de reserva - o que contribui para a tensão permanente de um conflito em larga escala.
Para além das negociações de hoje entre Moscovo e Washington em Genebra, também está agendado um encontro entre a NATO e a Rússia na próxima quarta-feira, para tentar por termo à tensão na fronteira russo-ucraniana.