Intensificam-se as operações do Alerta de Reação Rápida da NATO no leste da Europa. Pilotos romenos intercetam caça ucraniano
O início da guerra na Ucrânia colocou os países vizinhos em estado de alerta. Na Roménia, os pilotos da base aérea de Ftesti patrulham o espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), no Mar Negro.
Esta quinta-feira, intercetaram um caça ucraniano.
O comandante Mihaiță Marin, piloto de um F-16, participou na operação.
A aeronave ucraniana foi escoltada para o aeródromo de Bacau.
O piloto romeno conta que "o Alerta de Reação Rápida foi obrigado a intercetar um contacto não identificado algures no norte da Roménia. De acordo com os procedimentos da NATO, intercetámo-lo... Provou ser um caça SU-27 ucraniano. Completaram a interceção, tentaram entrar em contacto com o piloto que provou ser cooperante. Ele apenas pediu para aterrar rapidamente num aeródromo adequado para o seu avião. Os pilotos romenos tomaram a decisão de guiar e escoltar o avião ucraniano até ao aeródromo de Bacau. O caça ucraniano conseguiu aterrar em Bacau."
A NATO começou a reforçar as suas defesas no nordeste da Europa depois de a Rússia ter anexado a Península da Crimeia da Ucrânia em 2014. Tem cerca de 5.000 soldados e equipamento estacionados no local, mas essas forças foram reforçadas com tropas e equipamento de vários países nos últimos meses.
"Definitivamente, estamos mais ocupados do que é normal. Este ano, começou com o reforço das forças aéreas da NATO nas fronteiras orientais da Aliança e da Roménia. As nossas atividades intensificaram-se muito. Na primeira parte do mês fizemos mais de 10 missões para proteger basicamente o espaço aéreo", sublinha Marin.
As operações do Alerta de Reação Rápida na Roménia, e nos restantes países da NATO na região, intensificaram-se nas últimas horas.