Milhares de famílias continuam a tentam fugir da invasão russa e a onda de solidariedade ganha força nas fronteiras da União Europeia com a na Ucrânia
Mais de quarto milhões de deslocados devido à guerra na Ucrânia, é a estimativa avançada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados.
A invasão russa no país vizinho entra agora no quarto dia e as imagens de famílias a tentar fugir da ofensiva ordenada quinta-feira por Vladimir Putin têm sido uma constante.
O Alto Comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, anunciava a meio da tarde de sábado, o terceiro dia da invasão russa, que mais de 150 mil pessoas já tinham naquela altura cruzado as fronteiras da Ucrânia para os vários países vizinhos membros da União Europeia
A Polónia e a Roménia, também membros da NATO, têm sido os destinos privilegiados e os recomendados, por exemplo, por Portugal para os respetivos cidadãos na Ucrânia.
Alguns portugueses e também brasileiros entretanto naturalizados ucranianos estão, no entanto, a ser impedidos de sair do país e obrigados a pegar em armas para lutar contra os militares fiéis a Putin.
Para tentar aumentar os recursos da resistência ao Kremlin, o governo de Kiev impôs a Lei Marcial, incluindo uma mobilização obrigatória geral dos ucranianos adultos até aos 60 anos para a guerra e isso está a provocar a separação de muitas famílias à saída do país.
A ajuda humanitária começa, entretanto, a ser urgente.
Na cidade polaca de Przemyśl, 20 quilómetros a oeste do posto fronteiriço de Medyka, o ginásio de uma escola primária transformou-se num armazém de bens de primeira necessidade.
Também em Záhony, na Hungria, ganha força a onda de solidariedade internacional em curso sobretudo pela Europa e bens de primeira necessidade estão a chegar ali para ajudar os deslocados da guerra na Ucrânia.