Vladimir Putin coloca em alerta forças de dissuasão e EUA e NATO reagem

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De  Francisco Marques
Putin reunido com Sergei Shoigu e o CEMGFA, Valery Gerasimov
Putin reunido com Sergei Shoigu e o CEMGFA, Valery Gerasimov   -  Direitos de autor  Alexei Nikolsky, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

O Presidente da Rússia ordenou a colocação em alerta máximo das forças de dissuasão da federação, o que está a ser entendido como ter colocado em alerta as armas nucleares russas na invasão à Ucrânia.

A decisão surgiu depois de a comunidade internacional ter agravado as sanções sobre a Rússia numa altura em que está a ser negociado um encontro entre delegações russas e ucranianas na Bielorrússia, junto à fronteira.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano entende o alerta ordenado por Putin apenas como uma mera forma de pressão antes das negociações em vista, para as quais a Ucrânia conseguiu que a Rússia retirasse as exigências iniciais para um encontro.

Para conversar, Putin exigia ter antes o reconhecimento por parte do Governo de Kiev da anexação da Crimeia, a desmilitarização do leste do país e a rejeição da adesão à NATO.

Dmytro Kuleba entende que haver negociações sem condições prévias “é já uma vitória” e garante que a Ucrânia não vai ceder um centímetro de território à Rússia.

Os Estados Unidos acusam o líder russo de estar "a fabricar ameaças que não existem" para ativar este tipo de alerta.

"Este é um padrão repetido que temos visto do presidente Putin durante este conflito, que consiste em fabricar ameaças que não existem para justificar uma agressão contínua", afirmou Jen Psaki, a porta-voz da Casa Branca.

O secretário-geral da NATO entende o alerta russo como "uma retórica perigosa e um comportamento irresponsável" de Putin, que "acentua ainda mais a gravidade do situação no terreno".