Agressões vistas como uma arma de guerra.
Após a retirada das tropas russas dos subúrbios de Kiev e cidades vizinhas, dezenas de mulheres e crianças denunciaram à polícia bem como a organizações de direitos humanos, as atrocidades de que dizem ter sido vítimas, incluíndo a violação e a agressão sexual.
A identidade das vítimas não é divulgada pelas autoridades ucranianas, para evitar o estigma e evitar que outras vítimas optem por não apresentar queixa.
Os crimes sexuais são considerados crimes de guerra e uma violação do direito internacional.
Muitos crimes estão escondidos nos escombros das cidades de Irpin, Bucha e Borodyanka.
As mulheres e crianças encontram-se agora em centros para vítimas de abuso, cuja localização é desconhecida, onde são assistidas pela organização não governamental Blue Bird.
A organização oferece assistência médica, psicológica e jurídica às vítimas de tortura e às suas famílias.
Desde a invasão de Donbass em 2014, a Blue Bird recebeu 1500 denúncias de violação e tortura na região, alegadamente cometidos pelas forças russas. Desde o início da guerra na Ucrânia, tem recebido dezenas de outras denúncias.
Segundo a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, foram abertas investigações aos casos relatados, tanto a nível nacional como por parte do Tribunal Penal Internacional.