Hong Kong tem novo líder leal a Pequim

John Lee, sucessor de Carrie Lam no governo de Hong Kong
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O antigo polícia e chefe da segurança durante a repressão do movimento pela democracia, John Lee, foi escolhido como o novo líder de Hong Kong

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John Lee, o chefe de segurança que supervisionou a repressão do movimento pró-democracia, em Hong Kong, foi eleito líder da cidade este domingo.

Este antigo polícia, de 64 anos, foi escolhido por 97,7% dos quase 1500 membros de um comité leal ao governo de Pequim.

Lee era o único candidato à sucessão de Carrie Lam.

O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, lamentou, no Twitter, que a nomeação do ex-polícia como novo líder de Hong Kong "viole os princípios democráticos e o pluralismo político", afirmandp que é "mais um passo no desmantelamento do princípio de um país, dois sistemas".

John Lee assume o cargo a 1 de julho. Os cinco anos do mandato de Carrie Lam foram marcados por enormes protestos pró-democracia, uma repressão de segurança que anulou praticamente todas as dissidências, e pela vaga Covid-19 que esmagou o sistema de saúde - acontecimentos que minaram a reputação de Hong Kong como centro de negócios internacional com liberdades ao estilo ocidental.

No discurso após a eleição disse que Hong Kong está agora a entrar "numa nova fase" de desenvolvimento: "Depois de restaurar a ordem do caos, é agora tempo de Hong Kong iniciar um novo capítulo de desenvolvimento, um capítulo que será orientado para uma maior prosperidade para todos", afirmou.

Lee enumerou as tarefas que terá de enfrentar durante o seu mandato. Estas incluem "salvaguardar a soberania do nosso país, a segurança nacional e os interesses do desenvolvimento", "proteger Hong Kong de ameaças internas e externas" e "consolidar o estatuto de Hong Kong como centro financeiro".

No entanto, Lee disse que a tarefa mais urgente para a cidade é aumentar a oferta de terrenos e habitação através da racionalização dos procedimentos e da criação de grupos de trabalho chefiados por membros do governo.

Também prometeu otimizar o sistema de saúde e criar oportunidades para os jovens.

No seguimento da sua carreira na força policial, Lee serviu como secretário da segurança quando Hong Kong foi abalada pelo movimento de protesto antigovernamental em 2019.

Foi também fundamental na implementação da lei de segurança nacional que Pequim impôs em junho de 2020 para pôr fim aos protestos, que se tinham tornado cada vez mais violentos. Em junho de 2021, foi nomeado número dois no executivo.

Hong Kong, o terceiro maior centro financeiro do mundo, continua a viver praticamente isolado do mundo devido às suas restrições drásticas impostas pela Covid-19.

Sob o lema "Começar juntos um novo capítulo para Hong Kong", John Lee prometeu uma governação "orientada para os resultados". Mas o seu programa de 44 páginas, publicado na semana passada, contém poucas medidas concretas.

Lee prometeu revelar mais detalhes após tomar posse a 1 de julho, data do 25º aniversário da transferência de Hong Kong do Reino Unido para a China.

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