Forças russas prosseguem ataques em Odessa

Bombeiro entre os destroços de um Centro Comercial em Odessa
Bombeiro entre os destroços de um Centro Comercial em Odessa   -  Direitos de autor  Max Pshybyshevsky/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
De  Euronews

A repórter da Euronews visitou sítios atacados pelas forças russas em Odessa e ouviu o autarca dizer que cidade pode ser "a próxima Mariupol"

A cidade portuária de Odessa foi alvo de diversos mísseis na segunda-feira, enquanto a Rússia intensificava os ataques ao sul da Ucrânia

Gennadiy Trukhanov, o presidente da câmara da cidade, declara: "Atingiram um centro comercial adorado pelos residentes de Odessa. Onde as pessoas entram com crianças, e elas brincam lá. Há restaurantes, cafés e parques infantis. Foi o que o segundo míssil atingiu hoje. Este é um excelente exemplo de como os ocupantes bombardeiam a nossa terra".

O autarca acusa a Rússia do bombardeamento indiscriminado de áreas civis e avisa que a sua cidade pode tornar-se a próxima Mariupol - sem dúvida a mais atingida no conflito - se não for resistência ardente dos seus residentes.

"Dizemos frequentemente que não vivemos em Odessa, Odessa vive em nós. Quero agradecer a todos os civis de Odessa pela sua coragem. Eles são heróis".

Entre os heróis de Odessa está Daniel Salem, ator e apresentador de televisão, voluntário da guarda nacional que, na segunda-feira, nos levou a ver outra área atingida por um míssil russo.

Entre os que foram mortos aqui no mês passado, estava uma mãe e o seu filho de três meses.

Euronews: "Como é que isto o faz sentir? Ver toda esta destruição"?

Daniel Salem: "Zangado. Zangado por saber que não se pode fazer nada a este respeito e com a covardia desta guerra".

Daniel acredita que o ataque a infraestruturas civis como este bloco residencial - assim como o porto de Odessa atingido na segunda-feira - não são acidentes.

"Eles sabiam o que estavam a fazer. Isso é o mais horrível. As pessoas dizem que estão apenas a seguir ordens, não! Sabem o que estavam a fazer. Não são rapazes jovens que vieram para a guerra porque um tipo lhes disse para o fazerem. Não, eles já fazem isto há algum tempo", afirma.

E vão continuar, segundo Daniel, que diz que tanto ele quanto os seus camaradas estão preparados para uma longa guerra.

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