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Mafalala: O museu vivo de Maputo

Mural no bairro de Mafalala
Mural no bairro de Mafalala Direitos de autor ALFREDO ZUNIGA/AFP or licensors
Direitos de autor ALFREDO ZUNIGA/AFP or licensors
De  Euronews com AFP
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O bairro de Mafalala, em Maputo, é um verdadeiro "museu vivo". Um local multicultural que viu nascer Eusébio, Samora Machel e José Craveirinha

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Considerado como o berço da cultura moçambicana, o bairro de Mafalala, em Maputo, é um espaço de diversidade cultural que a Associação Iverca tenta preservar através do Museu Mafalala.

Ivan Laranjeira, o homem que se dedica há 15 anos a este projeto é quem mais sabe sobre o bairro :

"A nossa perspectiva é que Mafalala é um bairro que, na realidade, é um museu vivo. Quase todas as etnias e todas as línguas diferentes que são faladas em Moçambique estão também presentes neste espaço. Tem uma mistura de religiões, pessoas de origem cristã e muçulmana, e tudo isso vivendo em harmonia neste espaço, por isso há algo de especial em Mafalala, e essa é a razão pela qual este é um lugar histórico".

Um lugar histórico que tem perdido brilho ao longo dos anos. O Museu aposta no turismo mas os turistas são poucos e Mafalala definha vítima da pobreza dos seus habitantes.

Danilo Malele, known conhecido como rapper "Kloro", lembra: "Penso que era mais influente há uns anos ,[...] Mafalala foi um local de nascimento e de criação de música".

De música, de literatura, de política e até de futebol. Mafalala deu ao mundo Samora Machel, Eusébio e José Craveirinha.

Cartazes presos nas ruas poeirentas indicam algumas das atrações locais. A casa de Machel; a terra natal de Eusébio e uma homenagem à poesia de Craveirinha, capturando o espírito do lugar. Mas muitas das casas destas figuras famosas caíram em ruínas ou estão ocupadas por outros residentes.

Foi nos becos de Mafalala que os espíritos revolucionários foram criados e alimentados, culminando numa guerra de décadas que abriu o caminho para a independência em 1975.

Desde então, os revolucionários têm liderado o país, mas a euforia da libertação morreu.

Agora, jovens jogadores descalços chutam bolas de futebol na areia, diante de uma imponente imagem de grafite de Eusébio.

A apenas alguns quarteirões de distância encontram-se algumas das vivendas e dos terraços mais luxuosos de Mafalala - parte de uma grande remodelação do centro antigo da cidade, agora lar de expatriados e de elites ricas.

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