Primeira volta das eleições legislativas em França

Macron vota na primeira volta das legislativas em França
Macron vota na primeira volta das legislativas em França Direitos de autor Ludovic Marin, Pool via AP
De  Euronews
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Os franceses votam na primeira volta das eleições legislativas, um escrutínio crucial para o mandato presidencial de Emmanuel Macron.

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Os franceses votam este domingo na primeira volta das eleições legislativas. Mais de seis mil candidatos concorrem aos 577 lugares da assembleia nacional.

Um escrutínio crucial para o presidente, Emmanuel Macron, que se não obtiver uma maioria absoluta, terá um mandato presidencial de coabitação muito difícil.

A coligação centrista do presidente é desafiada pelos extremos: De um lado, Marine le Pen procura ampliar o número de deputados para o seu partido de extrema-direita, de forma a poder formar um grupo parlamentar; do outro, Jean-Luc Mélenchon, à frente de uma coligação de partidos de esquerda e verdes.

A abstenção pode ser o fator decisivo desta eleição em clima de crise.

"Tudo aumenta. Tudo tem aumentado. É verdade que nos falam da guerra e disto e daquilo, mas os preços aumentaram fortemente. Ainda ontem fui meter gasolina e estava a 2 euros e 17 cêntimos", queixa-se um cidadão.

Outro argumenta: "Dizem que as legislativas não têm nenhuma importância, mas não é verdade. São as eleições mais importantes porque, se o presidente não tiver a maioria, não pode fazer nada.

Segundo as sondagens, o presidente pode mesmo não alcançar a maioria absoluta, o que obrigaria o governo a acordos difíceis num parlamento onde coabitam propostas muito diferentes.

A coligação "Juntos" de Macron, quer cortes fiscais e o aumento da idade da reforma para os 65 anos; a Nupes, de Mélenchon, quer aumentar fortemente o salário mínimo, baixar a idade da reforma para os 60 anos e bloquear os preços da energia.

Embora a coligação de Mélenchon pudesse ganhar mais de 200 lugares, as projeções atuais dão à esquerda poucas hipóteses de ganhar uma maioria. Macron e os seus aliados deverão obter entre 260 e 320 lugares, de acordo com as últimas sondagens.

O sistema de votação em duas voltas é complexo e não proporcional ao apoio nacional a um partido. Os deputados são eleitos por distrito.

A eleição parlamentar é tradicionalmente uma corrida difícil para os candidatos da extrema-direita francesa, uma vez que os rivais tendem a afastar-se na segunda volta para melhorar as hipóteses de outro candidato.

Marine Le Pen é candidata à reeleição no seu bastião de Henin-Beaumont, no norte de França.

Os resultados podem também ser afetados por uma esperada abstenção recorde, que poderá levar a que só vote menos de metade dos 48,7 milhões de eleitores.

A abstenção nas legislativas francesas tem vindo a crescer desde 1993. Em 2017 chegou aos 51,3% e manifesta-se sobretudo nos eleitores mais jovens.

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