Otimismo apesar da crise na Feira de Arte de Basileia

É um evento a não perder para os colecionadores de arte contemporânea. A Feira de Arte de Basileia, na Suíça, abriu esta terça-feira.
Cerca de 300 galerias e 4.000 artistas, de mais de 40 países, apresentam as suas mais belas peças.
Após dois anos abalados pela pandemia e uma queda de 22% nas vendas em 2020, os compradores pretendem recuperar o atraso e os vendedores mostram-se bastante otimistas.
Em 2021, o mercado recuperou 29%. Este ano, os especialistas apostam num regresso da arte como porto seguro, face a um contexto instável, marcado pela guerra na Ucrânia e pelas políticas monetárias para conter a inflação.
Lisa Shift fundadora da Consultora SFA partilha do otimismo, apesar da crise.
"As pessoas que investem fortemente na bolsa de valores, precisam de comprar arte. Não querem vender neste momento para movimentar dinheiro porque as ações estão baixas. No entanto, apesar de tudo o que está a acontecer, esta conversa constante sobre o aumento da inflação, que está verdadeiramente a acontecer, não tem parecido abrandar a compra de arte em geral. Penso que a globalização criou um grupo tão grande de colecionadores que, mesmo que alguns se estejam a retrair, outros não".
Após os dois primeiros dias reservados aos colecionadores, a feira abre as portas ao público, de 16 a 19 de junho.