A Rússia anunciou a redução do fornecimento de gás, para 20% da capacidade do gasoduto Nord Stream, invocando questões técnicas.
O gigante russo Gazprom anunciou uma nova redução de fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream.
De acordo com a conta Telegram da empresa, a partir da madrugada de 27 de julho o débito diário passará a ser de 33 milhões de metros cúbicos, 20% da capacidade do sistema.
A Gazprom justifica a redução com questões técnicas com a turbina.
A Alemanha rejeita a explicação técnica da Gazprom, dizendo que não há qualquer problema técnico, que é apenas um pretexto para a decisão política do Kremlin de semear a incerteza e aumentar ainda mais os preços da energia.
Para Berlim, estas reduções sucessivas confirmam que o país não pode confiar nas entregas russas.
A Rússia já tinha cortado as entregas duas vezes em junho, dizendo que o gasoduto não poderia funcionar normalmente sem uma turbina que estava a ser reparada no Canadá e que não tinha sido devolvida à Rússia devido às sanções ocidentais impostas na sequência do assalto russo à Ucrânia.
Desde então, a Alemanha e o Canadá concordaram em trazer o equipamento de volta à Rússia, mas a turbina ainda não foi entregue.
Para Berlim, esta é uma decisão "política" e um "pretexto" para exercer pressão sobre o Ocidente no contexto do conflito na Ucrânia.
O presidente russo, Vladimir Putin, tinha avisado que se o seu país não recebesse a turbina em falta, o gasoduto funcionaria a 20% da sua capacidade a partir desta semana devido à próxima manutenção de uma segunda turbina.
O gasoduto Nord Stream, que a Gazprom diz ter uma capacidade de 167 milhões de metros cúbicos por dia, liga a Rússia à Alemanha através do Mar Báltico. O gasoduto é estratégico para o abastecimento de gás aos europeus, que dependem fortemente dos recursos energéticos russos.