Kosovo adia medidas contestadas pela minoria sérvia

As autoridades do Kosovo aliviaram as crescentes tensões étnicas no país, ao adiarem a controversa lei sobre a exigência de matrículas de veículos e cartões de identidade aos sérvios, que estava a desencadear motins por parte da minoria sérvia e levou ao bloqueio de estradas.
A decisão foi anunciada numa conferência de imprensa em que o primeiro-ministro kosovar acusou o presidente sérvio de estar por detrás da onda de tensão
"Concordámos em reunir em Bruxelas, em julho, mas o presidente Vucic adiou a reunião para o final de agosto. Provavelmente ele estava ocupado a planear os incidentes de ontem à noite", disse Albin Kurti.
Segundo o chefe do gabinete para o Kosovo do governo sérvio, Petar Petkovic, a Sérvia está pronta a participar nos diálogos com o Kosovo, liderados pela União Europeia (UE).
O responsável da política externa da UE, Josep Borrell, congratulou-se com esta mudança, acrescentando esperar que todos os bloqueios de estrada "sejam removidos imediatamente".
A força de intervenção das Nações Unidas (KFOR), que está no terreno, publicou uma nota dizendo que acompanha de perto a situação e continua fortemente empenhada na segurança do Kosovo.
#KFOR está a acompanhar de perto a situação no norte do Kosovo com organizações de segurança locais e internacionais. Sob o seu mandato da ONU, a KFOR continua fortemente empenhada na segurança, pronta a adotar as medidas necessárias para manter o #Kosovo em segurança.
O repórter da Euronews em Belgrado, Dušan Hadži Nikolić, acompanha esta subida de tensão entre Belgrado e Pristina: "As medidas são adiadas por um mês e todos esperam agora que Pristina e Belgrado possam chegar a uma espécie de acordo nos próximos dias e semanas até ao dia 1 de setembro, a fim de evitar que incidentes como os deste domingo, quando tudo estava muito tenso e perigoso, voltem a acontecer.
Nas semanas seguintes, veremos o que irá acontecer e como irá decorrer a implementação dessas medidas no primeiro de setembro".