Os trabalhadores portuários juntam-se aos ferroviários numa onda de contestação por melhores condições de trabalho.
No Reino Unido, cerca de 2 mil trabalhadores do maior porto de contentores do país, o Felixstowe, dão início este domingo a uma greve que se prolonga até ao próximo dia 29 de Agosto. Em causa, uma disputa salarial.
Este porto, localizado na costa leste de Inglaterra, movimenta cerca de 4 milhões de contentores por ano, provenientes de 2.000 navios.
O secretário-geral do sindicato britânico dos trabalhadores ferroviários, marítimos e dos transportes, Mick Lynch, disse que existe "uma oferta de Network Rail que abrange 50% dos membros". Trata-se, segundo defende, de "um acordo de pagamento de três anos a 8% e que teria de cobrir o ano passado, este e o próximo".
O responsável acrescentou que "a inflação desta semana relativa aos preços do retalho é de 12,3%" e que se aceitassem essa oferta de pagamento, "estariam a receber cerca de um quarto da inflação do próximo ano" e que, por isso, não querem aceitar estas condições.
Esta greve acontece ao mesmo tempo de outra paralisação do sector ferroviário, que dura há já 4 dias, em que participam cerca 45 mil trabalhadores, que pedem melhores condições de trabalho e de salário. Os cidadãos têm enfrentado várias perturbações nas deslocações, especialmente durante o fim-de-semana. Em muitas cidades, apenas cerca de um em cada cinco comboios circulou e algumas áreas ficaram totalmente sem serviços.
Na Grã-Bretanha, as greves têm sido uma constante em vários sectores. Numa altura em que a inflação aumenta, os britânicos têm saído às ruas para pedirem melhores condições de vida.