Posicionamento acontece após trabalhadores do maior porto de contentores do país terem entrado em greve.
No Reino Unido, o ministro dos Negócios e da Energia, Kwasi Kwarteng, anunciou que o próximo primeiro-ministro do país irá ajudar as famílias a enfrentar o aumento dos preços, sem contudo anunciar medidas concretas.
Esta declaração surge após cerca de 2 mil trabalhadores do maior porto de contentores do país, o Felixstowe, terem dado início a uma greve de 8 dias.
Miles Hubbard, membro de um sindicato britânico, explicou que a contestação no país é generalizada. "Não tem nada a ver com uma estratégia nacional ou algo do género. É algo que aconteceu aqui a nível local e reflete o que está a acontecer noutros lugares porque as pessoas em todo o país, penso eu, estão a sentir o mesmo", defendeu.
"É por isso que parece ser coordenado porque as pessoas em todo o lado estão a sentir o mesmo e a chegar à mesma conclusão. Já chega, já não vamos aguentar mais isto", acrescentou.
Os trabalhadores deste porto, que movimenta cerca de 4 milhões de contentores por ano, provenientes de cerca de 2 mil navios, reinvindicam melhores condições salariais, numa altura em que se assiste a uma inflação crescente no Reino Unido.
Por sua vez, Paul Davey, porta-voz do porto de Felixstowe, pronunciou-se relativamente ao protesto e disse concordar que os trabalhadores "merecem um dia de pagamento justo por um dia de trabalho justo" e considerou que é isso que acontece no momento presente.
Esta greve no porto de Felixstowe, a primeira desde 1989, junta-se a uma série de protestos dos trabalhadores ferroviários que tiveram lugar nos últimos dias no país.