A Rosatom russa vai ampliar a central nuclear de Paks na Hungria

A Hungria vai ampliar a única central nuclear do país, a com a construção de dois novos reatores.
O projeto vai ser levado a cabo com financiamento russo e a participação da empresa russa Rosatom, ao abrigo de um acordo de 2014.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, anuncia a decisão, satisfeito.
"É agora mais claro do que nunca que os países que têm energia nuclear e centrais nucleares podem sentir-se mais seguros em termos do seu aprovisionamento energético. Quanto maior for a capacidade de energia nuclear de um país, mais seguro ele será no futuro", disse.
Apesar das sanções europeias contra a Rússia pela sua invasão da Ucrânia, o governo húngaro acredita que, face à atual crise energética, a expansão desempenha um papel importante no futuro aprovisionamento energético do país.
A indústria nuclear russa não foi sujeita a sanções da UE.
Em julho passado, em resposta à crise energética, o Parlamento Europeu apoiou a proposta de que o gás e a energia nuclear deveriam ser considerados fontes de energia sustentáveis
A licença de construção dos dois novos reatores foi emitida na sexta-feira pelo Gabinete Nacional de Energia Nuclear da Hungria (OAH) e, segundo a imprensa húngara, as obras podem começar a qualquer momento. O projeto custará cerca de 12,5 mil milhões de euros.
A central de Paks, de construção soviética, começou a funcionar em 1982 e produz atualmente mais de 50% da eletricidade consumida na Hungria.
Os novos reatores, cada um com uma capacidade de 1.200 MW, poderão estar operacionais até 2030 e o plano é que funcionem juntamente com os quatro blocos existentes de 500 MW cada.
O governo do ultranacionalista Viktor Orbán é considerado o melhor aliado de Moscovo no seio da União Europeia (UE).