UNITA mantém contencioso eleitoral em Angola

Adalberto Costa Júnior, candidato presidencial da UNITA (ao centro)
Adalberto Costa Júnior, candidato presidencial da UNITA (ao centro) Direitos de autor PAULO NOVAIS/EPA
De  João Peseiro MonteiroJosé Kundy
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A batalha eleitoral em Angola prossegue no Tribunal Constitucional. A UNITA contesta os resultados e não reconhece vitória do MPLA. Observatório Eleitoral Angolano sublinha desafio de devolver uma perceção de credibilidade das instituições aos cidadãos.

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O maior partido da oposição em Angola mantém a contestação aos resultados eleitorais. O candidato presidencial da UNITA, Adalberto Costa Júnior, disse esta quinta-feira à noite que não iria abandonar quem votou no partido.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou os resultados definitivos na segunda-feira. O MPLA obtém a maioria absoluta com 124 deputados e a UNITA elege 90.

"Falo com a expectativa de que a Comissão Nacional Eleitoral bem como o Tribunal Constitucional desempenhem verdadeiramente as suas funções, no estrito respeito a Constituição e as leis. Que a Comissão Nacional Eleitoral não se furte em confrontar as atas em sua posse com as cópias da atas em posse dos partidos políticos."

Reafirmo, o MPLA não ganhou as eleições do passado dia 24 de agosto.
Adalberto Costa Júnior
Candidato Presidencial UNITA

A UNITA prossegue com o contencioso legal, agora em sede do Tribunal Constitucional.

Também esta quinta-feira, o Observatório Eleitoral Angolano apresentou as conclusões preliminares da missão que integrou 61 organizações não-governamentais e as igrejas Católica, Evangélica Congregacional de Angola e Evangélica Baptista em Angola. Para a missão, a não afixação das listas de eleitores "comprometeu a transparência" do sufrágio.

Luís Jimbo analisa o momento atual: "Estamos numa situação de que os candidatos estão a pôr em causa e a reclamar da CNE o resultado que anunciou e o cidadão que já não acreditava nas decisões da CNE também não está a acreditar e a solução de um e do outro são diferentes, porque para os candidatos a solução é o tribunal, é uma questão de acesso à justiça, mas para o cidadão é uma questão de perceção."

O desafio está perante as instituições como a CNE, o tribunal, os partidos políticos, de responderem a este contexto.
Luís Jimbo
Observatório Eleitoral Angolano

A Euronews contactou a Comissão Nacional Eleitoral que recusou fazer comentários relativos à atas eleitorais porque foram afixadas nas assembleias de voto.

Os pouco mais de cem observadores registaram que a consulta das atas síntese, em particular nas áreas urbanas, decorreu sem problemas e que o ambiente nas áreas observadas foi favorável ao exercício do direito de voto.

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