Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

"Como é que Bolsonaro elegeu tantas pessoas no Congresso e não ganhou"

Apoiantes do Presidente celebram afirmação do "bolsonarismo"
Apoiantes do Presidente celebram afirmação do "bolsonarismo" Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhar Comentários
Partilhar Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Link copiado!

Brasil vai ter de enfrentar uma segunda volta eleitoral para escolher o novo presidente. Analista de Oxford fala de um duelo entre "inimigos políticos" e da desconfiança do eleitorado

O Brasil precisa de enfrentar uma segunda volta eleitoral para escolher o novo presidente. Lula da Silva e Jair Bolsonaro vão continuar o duelo da campanha por mais quatro semanas.

Preveem-se mais discursos ferozes e acusações de parte a parte numa clivagem política que parece irreconciliável, num país armado como nunca, em democracia.

A analista política Andreza Aruska de Souza Santos considera que, "em vez de adversários políticos, existem neste momento inimigos políticos". "Por isso, percebo que isto vai aumentar", antecipa a diretora do Programa de Estudos Brasileiros, na Universidade de Oxford.

Andreza Santos destaca "um segundo aspeto": "Bolsonaro elegeu muitos ex-ministros e fez realmente um Congresso para a extrema-direita".

"Isto está a criar mais desconfiança entre os seus seguidores, que se perguntam como é que Bolsonaro elegeu tantas pessoas no Congresso e ainda assim não ganhou a primeira volta. Portanto, esta suspeita de fraude eleitoral está a ganhar ainda mais força no Brasil", afirma a analista, em declarações à Euronews.

A bipolarização promete acentuar-se depois de mais de 90% dos votos se terem concentrado nos dois principais candidatos, o que lhes dá uma margem de crescimento reduzida.

"A probabilidade de que alguns dos votos dos indecisos ainda vão para Lula é maior, mas, mais uma vez, Bolsonaro tem um número tão grande de pessoas que votam nele sem declararem o voto que acho que os analistas e cientistas políticos de todo o mundo terão realmente de esperar para ver", diz Andreza Santos, assumindo ser "muito difícil dizer quem vai ganhar estas eleições".

A segunda volta está marcada para 30 de outubro. Até lá, muito vai acontecer. O clima é muito tenso e o receio de agitação crescente muito forte.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhar Comentários

Notícias relacionadas

Protestos na Tanzânia após suspeita de fraude eleitoral causam centenas de mortos

CNE pede intervenção do Ministério Público sobre cartazes de André Ventura

Lula da Silva e Donald Trump conversam sobre tarifas entre reuniões da ASEAN