População mundial chega aos 8 mil milhões

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De  Teresa Bizarro
População na China está a atingir o pico e entrará em declínio a partir de 2023
População na China está a atingir o pico e entrará em declínio a partir de 2023   -  Direitos de autor  ARQUIVO - Mark Lennihan/AP

8 mil milhões de pessoas; de sonhos; de possibilidades. Nas contas das Nações Unidas, o marco é alcançado a 15 de novembro e deve dar o mote para reflexão mundial.

Em termos globais, a ONU estima que o pico de 10 mill e 400 milhões de pessoas deve ser atingido em 2080, mas antes disso, num século, a população terá praticamente quadruplicado.

O diagnóstico da organização confirma que é na Ásia que vive mais de metade da população, mas indica uma mudança de paradigma: já no próximo ano, a Índia vai ultrapassar a China com mais cidadãos nacionais. 2023 marcará aliás o início do declínio formal da população chinesa que em 2058 deverá ter uma densidade semelhante à existente nos anos 90.

A natalidade diminuiu de forma assinalável nas últimas décadas. Mais de dois terços das pessoas vive em países onde há menos de 2 nascimentos por mulher.

Bulgária, Letónia, Lituânia estão entre os países que mais população vão perder - menos 20 por cento até 2050.

A contribuir para a mudança da demografia está também a emigração. Nos países ricos, são os migrantes que travam a descida da taxa de natalidade e nos próximos anos serão o único motor de crescimento da população.