Bruxelas teme inflação e quer apoios dirigidos a famílias vulneráveis na zona euro

Comissão Europeia apela a direcionar apoios para famílias vulneráveis
Comissão Europeia apela a direcionar apoios para famílias vulneráveis Direitos de autor FRANCOIS LENOIR/
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Países do Eurogrupo já gastaram cerca de 200 mil milhões de euros a combater crise energética. Comissão Europeia diz que maioria das ajudas são transversais.

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Mais de dois terços (70%) das medidas adotadas para combater a crise energética pelos países da zona euro podem vir a agravar a inflação. O alerta foi dado esta segunda-feira, pela Comissão Europeia após reunião do Eurogrupo. Bruxelas recomenda aos Estados-membros direcionarem os apoios para as famílias mais vulneráveis. Até agora, os 19 países do euro já gastaram cerca de 200 mil milhões de euros a mitigar os efeitos da crise.

"Vemos em 2022 um impulso fiscal significativo, de cerca de 2% do PIB, impulsionado sobretudo pelas medidas para mitigar o impacto dos preços da energia. Foi de um 1,25%. E é claro que uma expansão fiscal tão significativa corre o risco de fazer aumentar as pressões inflacionistas", afirmou o comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni.

O risco é "indesejado", mas "necessário", admite o comissário. Já presidente do Eurogrupo reconhece que o momento é "muito importante para a política orçamental".

Em conferência de imprensa, Paschal Donohoe disse que, durante a reunião, vários ministros europeus das Finanças sublinharam os "desafios" de um apoio orçamental desta dimensão e "a gestão do equilíbrio entre a redução da inflação, apoiando ao mesmo tempo as famílias vulneráveis, e a competitividade internacional da zona euro".

Donohoe salientou que este equilíbrio será fundamental para a combinação de políticas europeias e projeções orçamentais, especialmente tendo em conta um possível prolongamento dos apoios além da primavera de 2023.

Apesar de muitos dos regimes de apoio, que totalizam os cerca de 200 mil milhões de euros, ou 1,25% do PIB da zona euro, terminarem no segundo trimestre de 2023, alguns poderão ter de ser prolongados se os preços continuarem elevados, o que vai complicar o plano orçamental.

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