Exército russo anuncia retirada da cidade de Kherson.
O Exército russo anunciou que se retira da cidade da margem ocidental do rio Dnipro na região de Kherson, sul da Ucrânia. Decisão comunicada pelo ministro da Defesa russo, Serghei Shoigu, que ordenou às tropas de Moscovo que abandonassem a Kherson.
Kiev mostra-se cética em relação a este anúncio. O Presidente Volodymyr Zelenskyy advertiu que os russos estão a fingir uma retirada para atrair o exército ucraniano para uma batalha entrincheirada nesta cidade estratégica.
As forças de Kiev tinham cortado as linhas de abastecimento, nas últimas semanas, como parte de uma contra-ofensiva maior no leste e sul do país, que levou as tropas russas a reposicionarem-se.
A confirmar-se o abandono da cidade é um revés para a Rússia, já que Kherson era a única capital regional que dominava, neste guerra que Moscovo iniciou há oito meses. Justifica-se a decisão, e entre outras coisas, pela impossibilidade de entregar mantimentos na referida cidade e noutras áreas da margem ocidental. Os militares russos ter-se-ão reagrupado na margem oriental do rio Dnipro.
A região de Kherson é uma das quatro províncias da Ucrânia que o Presidente russo Vladimir Putin anexou, ilegalmente, e colocou sob a lei marcial sob controlo de Moscovo.
Aliado russo em Kherson morre
A retirada russa acontece horas depois de ser anunciada a morte de Kirill Stremousov, o ucraniano que se juntou aos russos e que tinha sido nomeado, por Moscovo, administrador-adjunto da região de Kherson.
Aquele que era o homem forte de Putin na região faleceu num acidente de viação, anunciam as agências de notícias russas, baseadas numa fonte .
No terreno prosseguem as batalhas
Aldeias e cidades ucranianas continuam a ser fustigadas por combates e bombardeamentos. As forças ucranianas e russas procuram avançar em frentes diversas.
Grande parte do poderio militar russo está concentrado para garantir o controlo de Lugansk, Donetsk e Zaporíjia.