Voo MH17: Sentenças de prisão perpétua aliviam famílias das vítimas

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De  Nara Madeira  com AFP, AP
Familiares das vítimas da queda do avião da Malaysia Airlines
Familiares das vítimas da queda do avião da Malaysia Airlines   -  Direitos de autor  Phil Nijhuis/Copyright 2022 The AP. All rights reserved

O fim do julgamento dos quatro homens acusados de responsabilidade na queda do avião da Malaysia Airlines, em 2014, e a imposição de penas de prisão perpétua para três deles é visto como um final justo.

"Penso que o veredito foi equilibrado. Destaca o envolvimento do Estado russo. (...) Foi equilibrado porque um dos suspeitos foi absolvido e os outros condenados a prisão perpétua. Foi um julgamento justo. Foi um veredito equilibrado e bem ponderado. Queríamos justiça, temos justiça".
Piet Ploeg
Presidente da Fundação para o Desastre Aéreo do MH17

Para quem perdeu, pelo menos, um familiar nesse fatídico dia é um capítulo que se fecha após anos à espera de justiça. Ria van der Steen perdeu o pai e a madrasta. Para ela a última semana foi de certeza, sentiu que os responsáveis seriam condenados, como foram, a prisão perpétua. Acrescentava estar "muito feliz", não poderia ter havido melhor forma de pôr fim a este julgamento.

O Boeing 777 foi abatido em julho de 2014 quando sobrevoava o Donbass, no leste da Ucrânia, região que já se encontrava no meio de um grave conflito armado entre pró-russos e a Ucrânia. Morreram os 298 ocupantes do aparelho. 

Na quinta-feira, um tribunal condenou dois cidadãos russos e um ucraniano a penas de prisão perpétua pela sua participação no ataque. O quarto suspeito, também de nacionalidade russa, o único réu presente no julgamento, foi absolvido por falta de provas.