Pelo menos 15 pessoas morrem e 35 ficaram feridas, devido a novos ataques russos.
Sexta-feira sangrenta em Kherson. Pelo menos 15 civis foram mortos e 35 ficaram feridos, na sequência de bombardeamentos russos, que atingiram zonas residenciais desta cidade estratégica no sul do país.
Anelise Borges, jornalista da Euronews, está no terreno e fez o relato daquilo que viu e ouviu nesta localidade ucraniana.
De acordo com os residentes, antes não havia estes bombardeamentos aleatórios, quando as tropas ucranianas estavam a tentar reconquistar Kherson. Eles explicaram-nos que os bombardeamentos eram mais calculados, só atingiam alvos militares.
Neste momento, em Kherson, os ataques ocorrem por toda a cidade e não há eletricidade, água corrente nem aquecimento.
Anelise Borges esteve perto de uma cratera, onde parte da artilharia caiu. "Praticamente todas as janelas do outro lado daquele edifício residencial também foram destruídas", relatou.
Os residentes dizem que, enquanto se esforçavam muito para ficar em Kherson durante a ocupação russa, muitos diziam que era psicologicamente difícil fazê-lo.
As pessoas relatam ainda que agora as coisas estão a tornar-se mais difíceis porque o risco é muito mais real. À medida que gravávamos esta reportagem, também constatámos que os sons de inúmeras explosões continuavam a assolar Kherson.
Esta é uma cidade no limite e muitos dos residentes têm-nos dito que não fazem ideia para onde ir, mas que talvez tenham de partir.