COP 15 decorre no Canadá e desflorestação amazónica é um prato forte
A uma velocidade alarmante, a floresta amazónica está a perder terreno para a produção de soja, de milho ou a criação de gado bovino.
Um mal, dizem os habitantes locais habituados a viver da natureza, que asfixia cada vez mais formas de vida.
"Estão a arrendar-se terras para plantar soja e milho. Isso tem um impacto ambiental. Os rios secam e já não vemos mais animais. Macacos, papagaios e algumas espécies de pássaros vão desaparecendo", lamenta Carmen Munduruku, que vive na floresta amazónica.
Este é um dos temas em cima da mesa na 15.ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para a Diversidade Biológica (COP15), que termina esta segunda-feira.
Em Montréal, no Canadá, procura-se um acordo sobre metas e objetivos para gerir os danos na biodiversidade.
A milhares de quilómetros de distância, no Brasil, ouvem-se pedidos para deter a desflorestação.
"Se garantirmos que a lei é cumprida e que não há mais desflorestação, ou que se destrua mais natureza, já teremos feito muito", sublinha Merijn van Leeuwen, do World Wide Fund for Nature.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil, a Amazónia brasileira perdeu 11.568 quilómetros de cobertura vegetal, entre agosto de 2021 e julho de 2022
Uma queda de 11%, a primeira desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder, apesar da falta de ação dos governos federal e dos estados.