Exposição retrata lado menos conhecido e mais sombrio do mestre espanhol
Pablo Picasso, a vida para além da obra, é o ponto de partida da exposição "Pablo-matic."
O título fala por si mesmo: é uma visão feminista do artista, que evidencia o lado negro do mestre espanhol que exercia, por vezes, um domínio violento sobre as mulheres.
O comportamento foi denunciado pela comediante Hannah Gadsby no espetáculo "Nanette", de 2018.
É ela que coorganiza esta exposição, no Brooklyn Museum de Nova Iorque, apresentando, ao lado das obras de Picasso, obras de artistas femininas da sua época, muito menos conhecidas, por serem mulheres.
“A noção de cancelamento é muito simples e não é muito útil quando se está a lidar com uma situação realmente complexa e cheia de nuances de um artista que é inegavelmente um génio, mas também um ser humano menos do que perfeito", lembrou Catherine Morris, a curadora da exposição, a propósito das diferentes facetas do artista.
A exposição procura fazer justiça a artistas femininas invisíveis como Louise Nevelson, Käthe Kollwitz e a afro-americana Faith Ringgold.
O ano de 2023 marca o quinquagésimo aniversário da morte do mestre do cubismo, destacando o seu talento, mas também os seus vícios.