Bielorrússia atuou como mediadora entre o líder do grupo Wagner e o Kremlin. Rebelião pode ter parado, mas mostra fragilidades na cúpula do poder russo
A impressionante rebelião conduzida por Yegveny Prigozhin pode ter terminado, mas deixa feridas profundas na cúpula do poder em Moscovo.
Na sequência de um acordo mediado por Minsk, o líder do grupo Wagner ficará exilado na Bielorrússia, depois de ter ordenado aos seus homens que marchavam em direção a Moscovo para darem meia volta e regressarem às posições na Ucrânia, abandonando também as instalações militares ocupadas na cidade de Rostov.
O Kremlin, por seu lado, não perseguirá Prigozhin na Justiça e ofereceu aos mercenários que não participaram na rebelião a posibilidade de integrarem as forças regulares russas.
Este sábado, os combatentes do grupo Wagner terão chegado até 200 quilómetros da capital russa.
A rebelião representou o maior desafio nas mais de duas décadas de poder de Vladimir Putin, que a classificou de uma "facada nas costas do povo russo".