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Dia de greve das mulheres na Islândia

Imagem da praça principal da capital islandesa esta terça-feira
Imagem da praça principal da capital islandesa esta terça-feira Direitos de autor Arni Torfason/AP
Direitos de autor Arni Torfason/AP
De  Euronews
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Pela quinta vez em 50 anos, milhares saíram na rua pela igualdade salarial

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Milhares de islandesas em greve para exigir igualdade de salários e oportunidades. É a sexta vez que o movimento sai à rua em 50 anos. Uma greve às tarefas profissionais e domésticas que tem o apoio da primeira-ministra da Islândia.

"Não exercerá as suas funções oficiais (...) e a reunião do Conselho de Ministros prevista foi adiada", declarou à AFP o gabinete de Katrín Jakobsdóttir.

Segundo o Fórum Económico Mundial, a Islândia ocupa o primeiro lugar no mundo em matéria de igualdadede género. Mesmo assim, a diferença salarial média entre homens e mulheres era de 10,2% em 2021. Os organizadores do protesto dizem que é tempo de acabar com a disparidade.

Manifestações em cerca de vinte municípios do país

A manifestação em Reiquiavique começou às 14h00 e, de acordo com as imagens dos media islandeses, a praça principal parecia cheia. 

A capital, onde 75% dos funcionários são mulheres, anunciou o encerramento de 59 creches e jardins-de-infância e o abrandamento do ritmo de funcionamento de todos os serviços municipais. Os salários dos funcionários públicos em greve serão pagos.

Os organizadores da greve esperavam que, na terça-feira, os homens assumissem o trabalho não remunerado que muitas vezes cabe às mulheres, relacionado com a casa ou os filhos.

"Esperamos que os maridos, os pais, os irmãos e os tios assumam as responsabilidades familiares e domésticas, como preparar o pequeno-almoço e os tupperwares para o almoço, recordar os aniversários dos entes queridos, comprar um presente para a sogra, marcar uma consulta no dentista para o filho, etc.", enumeram as grevistas no site de preparação da jornada de greve.

As grevistas também querem aproveitar este dia para levantar a questão da violência baseada no género.

"Verificamos que 40% das mulheres sofreram ou irão sofrer violência nas suas vidas. Esta greve é tanto pela igualdade de salários como contra a violência contra as mulheres e as pessoas não binárias", afirma Lína Petra Thórarinsdóttir, 45 anos, responsável pelo turismo na Business Iceland, a agência de promoção do país.

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