O partido de Andrej Plenkovic foi reeleito, mas teve de fazer um pacto com o PD, da extrema-direita, porque não tinha votos suficientes para governar sozinho. Plenkovic mantêm-se como primeiro-ministro.
O principal partido do governo croata decidiu formar uma coligação com um partido de extrema-direita. Esta decisão empurra o país para o conservadorismo, pouco antes das próximas eleições europeias de junho.
A União Democrática Croata (HDZ), partido tradicionalmente de direita, aliou-se ao Movimento da Pátria, de extrema-direita, tendo chegado a acordo semanas após uma votação parlamentar inconclusiva que gerou incerteza política.
O HDZ obteve o maior número de votos nas eleições, mas não o suficiente para governar sozinho.
Os membros do partido afirmam que o novo governo, que será chefiado pelo primeiro-ministro Andrej Plenkovic por um terceiro mandato consecutivo, poderá iniciar funções assim que o parlamento lhe der luz verde na próxima semana.
Movimento da Pátria, o partido de extrema-direita croata
O Movimento da Pátria, ou PD, é um partido político relativamente recente, constituído maioritariamente por nacionalistas radicais e conservadores que abandonaram o centro-direita.
O partido é liderado pelo presidente da câmara da cidade oriental de Vukovar, que foi destruída durante a guerra de independência da Croácia em 1991, na sequência do desmembramento da antiga Jugoslávia.
Pela primeira vez, em muitos anos, o governo croata não incluirá um partido que represente a minoria sérvia, porque o PD se opôs à sua inclusão, o que alimentou algumas preocupações sobre as tensões étnicas decorrentes do conflito dos anos 1990.