Campanha eleitoral marcada por troca de acusações acesa entre o primeiro-ministro Andrej Plenkovic e o Presidente croata Zoran Milanovic.
A campanha eleitoral na Croácia tem sido marcada pelas hostilidades entre candidatos. A votação na quarta-feira, dia 17, colocará a União Democrática Croata (HDZ) liderada pelo primeiro-ministro Andrej Plenkovic contra uma aliança de centristas e de esquerda liderada informalmente pelo Presidente croata Zoran Milanovic, do Partido Social-Democrata (SDP).
"E qual é a alternativa, e quem é a alternativa? A alternativa nesta eleição não é liderada por esta oposição formal. Em vez disso, é liderada por um tipo que viola a Constituição, [Zoran] Milanovic, que engendrou uma sabotagem política contra esta eleição, e que está a destruir a base constitucional da Croácia", acusou o primeiro-ministro croata e líder do HDZ, Andrej Plenkovic.
Caso o Presidente Milanovic venha a ser primeiro-ministro será caso único na Croácia. A maioria dos constitucionalistas do país diz que seria totalmente inconstitucional.
"Se o tribunal constitucional acha que há algo controverso quanto a isto, então devia ter reagido. Caso contrário, estão a transformar a Croácia em algo que nunca foi e nunca será, como a Bielorrússia ou países como esse", considerou o líder do Partido Social-Democrata, Pedja Grbin.
De acordo com as últimas sondagens, o partido no poder deve voltar a vencer as eleições, mas perderá a maioria.
Os analistas apontam a ausência de temas como a economia e segurança no discurso público durante a campanha.
"Tudo se resume a apenas se preferimos ter Plenkovic ou Milanovic. Para um país, para uma nação, que não tem muita cultura política, que não tem uma grande tradição democrática, isso representa mais alguns passos atrás, na minha opinião", refere o analista político Zarko Puhovski.
O Presidente desempenha um papel importante na formação de uma solução de governo no cenário pós-eleições e Milanovic provavelmente permanecerá no centro dos holofotes.