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Cerca de 733 milhões de pessoas passaram fome em 2023

 Um trabalhador carrega sacos de laranjas num mercado grossista de fruta em Lahore, Paquistão, a 1 de dezembro de 2021...
Um trabalhador carrega sacos de laranjas num mercado grossista de fruta em Lahore, Paquistão, a 1 de dezembro de 2021... Direitos de autor K.M. Chaudary/Copyright 2021 The AP. All rights reserved.
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Artigo publicado originalmente em francês

Uma em cada onze pessoas no mundo e uma em cada cinco em África foi afetada pela fome em 2023, segundo a ONU.

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A comunidade internacional está muito longe do seu objetivo de eliminar a fome no mundo até 2030, segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre o estado da segurança alimentar e da nutrição no mundo, publicado na quarta-feira por cinco agências especializadas das Nações Unidas.

Cerca de 733 milhões de pessoas passaram fome em 2023, o que equivale a uma em cada onze pessoas no mundo e uma em cada cinco em África.

O relatório mostra que a situação se inverteu em 15 anos, com níveis de subnutrição comparáveis aos registados em 2008-2009.

"Existem entre 713 e 757 milhões de pessoas que sofrem de subnutrição crónica, pessoas que enfrentam a fome. É o equivalente a uma em cada 11 pessoas que passam fome no mundo", afirmou Maximo Torero, Economista-Chefe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

As tendências regionais variam consideravelmente: a fome continua a aumentar em África, permanece estável na Ásia e está a aumentar na América Latina.

"A América do Sul dispõe de programas de proteção social altamente desenvolvidos que lhes permitem orientar as intervenções de forma a poderem efetivamente acabar com a fome muito rapidamente, porque são eficazes. Não temos visto isso em África. Descobrimos que eles ainda não têm a capacidade institucional para executar um bom programa de proteção social direcionado", explica Maximo Torero, Economista-Chefe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

A insegurança alimentar e a subnutrição estão a agravar-se devido a uma combinação de fatores, incluindo a inflação persistente dos preços dos alimentos, os conflitos, as alterações climáticas e as recessões económicas, explica o relatório.

Se as tendências atuais se mantiverem, cerca de 582 milhões de pessoas sofrerão de subnutrição crónica em 2030, metade das quais em África, alerta o relatório.

O relatório sublinha que o acesso a alimentos adequados continua a ser difícil para milhares de milhões de pessoas. Em 2023, cerca de 2,33 mil milhões de pessoas em todo o mundo enfrentavam insegurança alimentar moderada ou grave, um número que não se alterou significativamente desde um aumento acentuado em 2020 devido à pandemia da COVID-19.

A falta de acesso a dietas saudáveis a preços acessíveis também continua a ser uma questão crítica, afetando mais de um terço da população mundial.

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