Após o júbilo inicial da libertação, os prisioneiros libertados - detidos há mais de 15 meses - deverão ter um regresso difícil à liberdade, de acordo com o testemunho dos próprios reféns.
A família do refém israelita Ofer Kalderon agradeceu ao governo francês e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por terem levado Ofer de volta a casa.
"Ofer está em casa depois de 484 dias no inferno. Tivemos o privilégio de o abraçar novamente", disse Sharon Kalderon, cunhada de Ofer Kalderon, durante declarações no Sheba Medical Center, no centro de Israel, onde Ofer está a ser tratado.
Nissan Kalderon, irmão de Ofer Kalderon, destacou que se segue um período de desafios: "Ele, e nós, temos um longo e difícil caminho de recuperação pela frente".
Ofer Kalderon, 54 anos, cidadão franco-israelita, foi libertado no sábado, juntamente com o americano-israelita Keith Siegel e o argentino-israelita Yarden Bibas.
Foi levado para cativeiro do Kibutz Nir Oz. Os seus filhos adolescentes, Sahar e Erez, e a sua ex-mulher, Hadas, também foram raptados, mas foram libertados durante o cessar-fogo de uma semana em 2023.
O Hamas libertou três reféns na Faixa de Gaza no sábado e Israel libertou 183 prisioneiros palestinianos na quarta ronda de trocas durante o acordo de cessar-fogo em Gaza entre Israel e o Hamas.
A primeira fase da trégua, com a duração de seis semanas, prevê a libertação de 33 reféns e de cerca de 2 mil prisioneiros, bem como o regresso dos palestinianos ao norte de Gaza e o aumento da ajuda humanitária ao território devastado.
Israel e o Hamas deverão começar a negociar na próxima semana a segunda fase do cessar-fogo, que prevê a libertação dos restantes reféns e o prolongamento da trégua por tempo indeterminado. A guerra poderá recomeçar no início de março se não se chegar a um acordo.