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EUA revogam vistos de altos funcionários palestinianos antes da Assembleia-Geral da ONU

O lugar da delegação dos EUA está desocupado enquanto o primeiro-ministro palestiniano Mohammed Mustafa discursa na Assembleia Geral da ONU, 28 de julho de 2025
O lugar da delegação dos EUA está desocupado enquanto o primeiro-ministro palestiniano Mohammed Mustafa discursa na Assembleia Geral da ONU, 28 de julho de 2025 Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Gavin Blackburn
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O Departamento de Estado também suspendeu um programa que permitia que crianças palestinianas feridas de Gaza viessem para os EUA para receberem tratamento médico, após um protesto nas redes sociais por parte de alguns conservadores.

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O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, revogou os vistos de vários altos funcionários da Autoridade Palestiniana e da Organização de Libertação da Palestina antes da reunião anual da Assembleia Geral da ONU, onde os grupos deveriam estar representados.

O Departamento de Estado afirmou em comunicado na sexta-feira que Rubio também ordenou que fossem recusados alguns novos pedidos de visto de altos funcionários palestinianos.

A medida é a mais recente de uma série de passos que a administração Trump está a dar para atingir os palestinianos com restrições de vistos e surge no mesmo dia em que os militares israelitas declararam a cidade de Gaza uma zona de combate.

O Departamento de Estado também suspendeu um programa que permitia que crianças palestinianas feridas de Gaza viessem para os EUA para receberem tratamento médico, após um protesto nas redes sociais por parte de alguns conservadores.

O Departamento de Estado não especificou quantos vistos foram revogados ou quantos pedidos foram recusados nem quis adiantar mais detalhes.

Donald Trump com Marco Rubio
Donald Trump com Marco Rubio AP Photo

Não é claro se o presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas será afetado por esta medida.

A ONU diz que os representantes designados para a missão da Autoridade Palestiniana nas Nações Unidas devem receber isenções ao abrigo do acordo entre os EUA, país onde a organização está sediada, e a ONU, para que pudessem continuar as suas operações em Nova Iorque.

"É do nosso interesse para a segurança nacional responsabilizar a OLP e a AP por não cumprirem os seus compromissos e por prejudicarem as perspectivas de paz", afirma o comunicado do Departamento de Estado norte-americano.

"Antes de a OLP e a AP poderem ser consideradas parceiros para a paz, devem repudiar sistematicamente o terrorismo - incluindo o massacre de 7 de outubro - e acabar com o incitamento ao terrorismo na educação, tal como exigido pela lei dos EUA e prometido pela OLP", diz ainda o documento.

O embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansour, disse aos jornalistas na sexta-feira que tinha acabado de tomar conhecimento da decisão de Rubio e que estava a avaliar o seu impacto.

Mahmoud Abbas discursando na Assembleia-Geral da ONU em setembro de 2024
Mahmoud Abbas discursando na Assembleia-Geral da ONU em setembro de 2024 AP Photo

"Veremos exatamente o que significa e como se aplica a qualquer uma das nossas delegações, e responderemos em conformidade", afirmou.

Mansour disse que Abbas lidera a delegação para as reuniões da ONU no próximo mês e deve discursar na Assembleia Geral, como tem feito desde há muitos anos.

A 22 de setembro, Abbas deverá também participar numa reunião de alto nível co-presidida por França e pela Arábia Saudita sobre a solução de dois Estados, que prevê que Israel viva lado a lado com uma Palestina independente.

Na ONU, 147 dos 193 Estados membros da organização reconhecem a Palestina como um país e, na Assembleia Geral, o país tem o estatuto de Estado observador não membro desde 2012.

Outras fontes • AP

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