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Polónia avisa Rússia para não se "queixar" se os seus caças forem abatidos no espaço aéreo da NATO

ARQUIVO: Oficiais da defesa territorial junto a uma casa danificada, depois de drones russos terem violado o espaço aéreo polaco durante um ataque à Ucrânia, em Wyryki, Polónia, 11 de setembro de 2025.
ARQUIVO: Oficiais da defesa territorial junto a uma casa danificada, depois de drones russos terem violado o espaço aéreo polaco durante um ataque à Ucrânia, em Wyryki, Polónia, 11 de setembro de 2025. Direitos de autor  Czarek Sokolowski/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Czarek Sokolowski/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
De Kieran Guilbert
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O ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Radosław Sikorski, lançou o aviso a Moscovo numa sessão de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, na segunda-feira.

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A Polónia disse à Rússia que não deve "queixar-se" se os seus aviões ou mísseis forem abatidos sobre o território da NATO, perante as tensões acrescidas devido às recentes incursões aéreas de Moscovo.

Falando numa reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas na segunda-feira, o ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Radosław Sikorski, disse que tinha "apenas um pedido a fazer ao governo russo".

"Se outro míssil ou avião entrar no nosso espaço sem autorização, deliberadamente ou por engano, e for abatido e os destroços caírem em território da NATO, por favor não venham aqui queixar-se disso", disse Sikorski. "Já foram avisados".

A sessão do Conselho de Segurança da ONU foi convocada depois de a Estónia ter denunciado, na sexta-feira, que três aviões de combate russos entraram no seu espaço aéreo sem autorização e aí permaneceram durante 12 minutos.

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Yvette Cooper, disse a Moscovo, durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU, que as suas "ações imprudentes arriscam um confronto armado direto entre a NATO e a Rússia".

"A nossa aliança é defensiva, mas não se iludam, estamos prontos para defender os céus e o território da NATO", afirmou.

Em resposta, o vice-embaixador da Rússia na ONU, Dmitry Polyanskiy, rejeitou os protestos, afirmando que faziam parte de um esforço para "culpar a Rússia por tudo".

Na segunda-feira, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, disse numa conferência de imprensa que o seu país abateria os aviões que entrassem no seu espaço aéreo sem autorização.

"Tomaremos a decisão de abater objetos voadores quando violarem o nosso território e sobrevoarem a Polónia - não há absolutamente nenhuma discussão sobre isso", afirmou.

Na terça-feira, os aliados da NATO vão realizar consultas formais a pedido da Estónia, ao abrigo do artigo 4º do tratado da aliança.

Este artigo permite que um membro da NATO consulte os seus aliados sempre que a sua integridade territorial, independência política ou segurança estejam ameaçadas.

A Polónia também invocou este mecanismo no início do mês, depois de drones russos terem violado o seu espaço aéreo, o que levou a NATO a lançar a missão "Sentinela de Leste" para reforçar as defesas ao longo do flanco oriental.

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