Um cidadão português, de 45 anos, ficou preso num túnel em Istambul durante vários dias. Foi encontrado exausto e com ferimentos ligeiros, e já foi deportado para Portugal.
Um turista português foi resgatado de um túnel na zona de Beyoglu, em Istambul, onde terá permanecido durante vários dias sem conseguir sair. O homem de 45 anos, identificado como Caires Ferreira, já regressou a Portugal, revela a edição online do semanário Expresso.
O português aterrou no aeroporto de Esmirna Adnan Menderes, na Turquia, em agosto, mas este episódio só aconteceu em setembro. Em Istambul, o português reparou que não tinha o passaporte e percebeu que teria de se deslocar ao Consulado Português para obter um novo documento, mas terá ficado desorientado e, sem qualquer ajuda, acabou por passar alguns dias a viver nas ruas da cidade.
Entrou no túnel Kasımpaşa-Hasköy, através de uma fenda estreita, para pernoitar. Acabou por ficar preso dentro da estrutura, tendo os seus gritos por socorro sido ouvidos a 11 de setembro - alegadamente vários dias após ter entrado no túnel - por uma pessoa que passava no exterior.
Após a presença do homem ter sido notada dentro do túnel, iniciaram-se as operações de resgate. Foram necessárias cerca de seis horas para retirar o português do local, tendo a operação contado com o trabalho das autoridades policiais, de paramédicos, de bombeiros e da Equipa Nacional de Resgate Médico (UMKE) da Turquia.
Vídeos que mostram o momento do resgate foram partilhados nas redes sociais.
Quando foi retirado do túnel, o homem estava desidratado, cansado e com ferimentos ligeiros. Foi assistido no local e foi, posteriormente, transportado para um hospital próximo, onde acabou por ser identificado com o apoio de um intérprete.
O cidadão português foi depois entregue ao centro de retenção de estrangeiros, tendo sido posteriormente deportado para Portugal. Embarcou num avião com destino a Lisboa no dia 18 de setembro, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pelo Correio da Manhã.
A mulher do português terá dado o alerta para o desaparecimento do marido, uma vez que não conseguia comunicar com ele há vários dias, tendo entrado em contacto com o Gabinete de Emergência Consular.
Apesar do episódio ter ocorrido há mais de um mês, só agora foi tornado público.