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Brigitte Macron insulta feministas que interromperam espetáculo em Paris

Brigitte Macron assiste à cerimónia de entrega dos prémios "Non au harcèlement" no Palácio do Eliseu, em Paris, quarta-feira, 21 de maio de 2025
Brigitte Macron assiste à cerimónia de entrega dos prémios "Non au harcèlement" no Palácio do Eliseu, em Paris, quarta-feira, 21 de maio de 2025 Direitos de autor  Christophe Petit Tesson, Pool via AP
Direitos de autor Christophe Petit Tesson, Pool via AP
De Euronews
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No final de 2021, o comediante Ary Abittan foi acusado de violação por uma jovem. Após três anos de investigação, o caso foi arquivado.

Os comentários da primeira-dama de França, Brigitte Macron, geraram polémica: no sábado, na sala Folies Bergère, em Paris, ativistas feministas do coletivo #NousToutes interromperam o espetáculo do comediante Ary Abittan, usando máscaras com a sua imagem e a palavra "violador", cantando "Abittan violador".

No final de 2021, o comediante foi acusado de violação por uma jovem com quem se encontrava há algum tempo. Após três anos de investigação, o processo foi arquivado e o recurso foi aceite em janeiro. Desde então, o seu regresso aos palcos tem sido contestado pelas feministas.

No domingo, no dia seguinte à interrupção do espetáculo, Brigitte Macron, acompanhada pela filha Tiphaine Auzière, foi assistir à atuação de Ary Abittan. Antes do espetáculo, nos bastidores, quando o comediante confessou estar "assustado", a primeira-dama respondeu com uma gargalhada: "Se essas idiotas de m***a aparecerem, expulsamo-las".

O vídeo, publicado na segunda-feira pela revista Public, provocou inúmeras reações. O coletivo #NousToutes difundiu o vídeo. A atriz francesa Judith Godrèche escreveu numa nota no Instagram: "Eu também sou uma idiota de m***a. E apoio todas as outras".

Por seu lado, a eurodeputada do partido de esquerda radical La France insoumise (LFI) Manon Aubry tweetou: "Começámos com os direitos das mulheres como a grande causa do mandato, e terminamos com um insulto".

Na BFM-TV, a líder do Partido Ecologista, Marine Tondelier, considerou as declarações "gravemente ofensivas": "Uma primeira-dama não deveria dizer isto", acrescentou.

Por seu lado, a comitiva de Brigitte Macron afirmou que "esta troca de palavras só deve ser vista como uma crítica aos métodos radicais" usados pelas feministas.

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