A ameaça terrorista em França, espoletada pelos atentados de sexta-feira, 13, continua a agravar os efeitos sobre uma das maiores indústrias da
A ameaça terrorista em França, espoletada pelos atentados de sexta-feira, 13, continua a agravar os efeitos sobre uma das maiores indústrias da segunda maior economia da zona euro: o turismo.
Os cancelamentos na hotelaria e na restauração sucedem-se um pouco por toda a França, mas em especial, claro, em Paris, uma das três cidades mais visitadas do mundo, de acordo pesquisas deste ano, e a cidade-alvo dos recentes ataques terroristas.
O hotel Le Bristol, por exemplo, sofreu uma queda de 30 por cento nas reservas que detinha até final deste ano. “Face aos atentados de janeiro, levámos 9 meses a recuperar o ritmo normal. Estamos no derradeiro trimestre do ano e com um nível sustentável de atividade. Infelizmente, vamos agora dar muitos passos atrás”, lamentou Didier Le Calvez, o diretor do hotel Le Bristol , em Paris.
Uma grande fatia dos turistas que visitam França é proveniente da Ásia. As estimativas apontavam para 2 milhões de chineses de visita ao país até final deste ano. O medo está contudo a refrear o desejo dos chineses em conhecer Paris. É o caso de Hua Yinqing, de 40 anos: “Não tenho planos de ir a França num futuro próximo porque a situação ainda não acalmou. Temos de ter cuidado com a nossa própria segurança e não é conveniente para as pessoas mais velhas viajarem.”
Na Coreia do Sul, algumas companhias aéreas reforçaram a segurança nos voos para Paris. O recurso a cães-polícia no aeroporto de Incheon é uma das novas medidas. Mesmo assim, o medo subsiste e os cancelamentos de viagens para França prosseguem.