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Arábia Saudita prepara vida depois do petróleo

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De Marco Lemos com reuters, lusa, bloomberg, jornal de negócios
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A Arábia Saudita começa a pensar no futuro e apresentou por isso um plano ambicioso para reduzir a dependência do petróleo e transformar o reino numa potência do investimento à escala global, com a cr

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A Arábia Saudita começa a pensar no futuro e apresentou por isso um plano ambicioso para reduzir a dependência do petróleo e transformar o reino numa potência do investimento à escala global, com a criação do maior fundo soberano do planeta.

A venda de apenas 5% da petrolífera estatal Aramco proporcionará o capital necessário para a criação de um fundo soberano de um valor entre 2 biliões e 3 biliões de dólares, que está no centro do plano “Vision 2030”, a visão do regime saudita para os objetivos a alcançar ao longo dos próximos 14 anos.

Os detalhes do projeto foram explicados pelo poderoso príncipe Bin Salman, filho do rei saudita:

“Esperamos que a valorização da Aramco seja superior a 2 biliões de dólares (2.000.000.000.000). A juntar a esse valor há outros ativos que vão ser integrados no fundo e uma parte deles ronda os 300 mil milhões de dólares. Dado que o fundo está neste momento avaliado em 200 mil milhões de dólares, com tudo somado, o fundo de investimento terá um valor entre 2 biliões e 3 biliões de dólares”.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) já tinha avisado que as monarquias do Golfo têm de se adaptar à queda dos preços do barril, projetando para a Arábia Saudita um agravamento do défice das contas correntes para 10,2% este ano antes de recuar no próximo para 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo os números publicados por Riade, o défice da Arábia Saudita fixou-se no ano passado em 15% do PIB.

“Até 2020”, explicou o príncipe, a Arábia Saudita espera aumentar os rendimentos que não provêm do petróleo para cerca de 160 mil milhões de dólares, um valor que deverá continuar a crescer até atingir cerca de 276 mil milhões de dólares em 2030. Parte desse dinheiro virá “do investimento, da diversificação dos investimentos e do aproveitar de novas oportunidades, nomeadamente na exploração de ativos que não estão a ser usados” e que podem produzir “receitas após os primeiros cinco anos”, detalhou Bin Salman.

As projeções do FMI apontam para uma forte travagem no crescimento este ano, que deverá ser de 1,2% contra 3,4% no ano passado, antes de uma recuperação ligeira em 2017, para se fixar em 1,9%.

“Com o “Vision 2030”, a Arábia Saudita espera nomeadamente”:http://uk.reuters.com/article/uk-saudi-budget-idUKKBN0UB14U20151228 reduzir o desemprego de 11,6% para 7%; aumentar o investimento direto estrangeiro de 3,8% para 5,7% do PIB; aumentar o número de mulheres na força de trabalho de 22% para 30%; reforçar o peso do setor privado no PIB de 40% para 65%. Com tudo isto, em 2030, Riade espera ser uma das 15 maiores economias do mundo e entrar no top 10 dos países mais competitivos.

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